Casamento gay: Bispo do Porto diz que referendo «é hipótese» - TVI

Casamento gay: Bispo do Porto diz que referendo «é hipótese»

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D. Manuel Clemente fala em necessidade de grande reflexão

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O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, defende que questões como o casamento entre homossexuais «não podem ser resolvidas rapidamente, exigem reflexão», e considerou que um referendo «é uma das hipóteses» para que esse debate aconteça.

Num discurso no final de um jantar das jornadas parlamentares do PSD, num hotel de Espinho, o bispo do Porto citou partes da última encíclica do Papa Bento XVI, uma das quais sobre o conceito de natureza, que associa o respeito e os deveres para com o «ambiente exterior» ao respeito e aos deveres para com «a humanidade de cada um de nós», a começar pela «fisiologia humana», informa a agência Lusa.

Questionado pelos jornalistas se algumas das suas palavras ganham relevância por estar na agenda política a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o bispo do Porto respondeu:

«Esta reflexão é oportuna sempre. Em relação ao casamento, a posição da tradição cristã é conhecida, mas não apenas da tradição cristã: é a célula-base da sociedade, em que nós nascemos, em que a vida continua, e que assenta, sempre assentou, na alteridade homem-mulher. Isto tem sido o casamento, isto é a base natural da sociedade. Outras coisas são outras coisas e devem ter outro tipo de tratamento».

«Todas as questões sociais», incluindo esta,«não podem ser resolvidas rapidamente, exigem reflexão, exigem aprofundamento dos factos, exigem argumentação e contra-argumentação para crescermos todos com os assunto».

O referendo não pode, por isso, ser afastado: «É uma das hipóteses previstas na Constituição. portuguesa. Essa ou outra. Não me bato em especial por nenhuma. Agora, bato-me para que seja uma ocasião de reflexão e de aprofundamento do que está em causa. O que está em causa é a própria base da sociedade que sempre existiu e, até ver, continuará a existir a partir da família, da alteridade homem-mulher, da abertura à vida e à educação. Sempre foi assim».
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