Morais Sarmento nega ilegalidades com offshore após nome aparecer nos Pandora Papers - TVI

Morais Sarmento nega ilegalidades com offshore após nome aparecer nos Pandora Papers

Vice-presidente do PSD explicou o que está em causa depois de o seu nome ter aparecido nos documentos

Nuno Morais Sarmento é um dos três portugueses envolvidos nos Pandora Papers. O vice-presidente do PSD é o único dos envolvidos de nacionalidade portuguesa que se mantém ativo na política, uma vez que Vitalino Canas e Manuel Pinho já não desempenham funções na área.

O social-democrata esteve esta quarta-feira na TVI24, onde negou a existência de ilegalidades no processo, depois de fugas de informação terem revelado que terá sido beneficiário de uma companhia offshore registada nas Ilhas Virgens Britânicas. Segundo os documentos, Nuno Morais Sarmento terá beneficiado desse dinheiro para adquirir uma escola de mergulho e um hotel em Moçambique, em 2006. O recurso à offshore terá permitido ultrapassar os impedimentos que vigoravam no país africano em relação à detenção de sociedades ou de imóveis por parte de cidadãos estrangeiros.

O vice-presidente do PSD diz que não utilizou a offshore para comprar a escola e o hotel, afirmando antes que fez "um investimento direto em Moçambique" em seu nome, utilizando um empréstimo junto de um banco ao qual deu como garantia a casa. Esse dinheiro foi transferido para Moçambique e foi constituída uma sociedade.

A única coisa que eu fiz foi colocar a participação dessa sociedade numa sociedade offshore", afirma.

Nuno Morais Sarmento defende assim que "não foi usada nenhuma offshore para fazer um investimento, não há contas na ilha virgem, dinheiro a passear."

Questionado se o investimento passou pela sociedade offshore, nega essa situação, afirmando que "não há circulação de dinheiro nenhum pela offshore".

Quando feito o investimento, podia colocá-lo em meu nome ou em nome de uma sociedade", diz, lembrando que em 2006 a legislação que regula o sistema de offshore é diferente.

Nuno Morais Sarmento releva essa situação, até porque era mais fácil investir em nome de uma sociedade que em nome próprio, que demorava mais tempo: "Não há nenhuma violação de lei moçambicana".

Sobre um eventual pedido de explicações do presidente do PSD, o vice-presidente do partido afirma não ter falado com Rui Rio, acrescentando que este não lhe pediu explicações sobre o caso.

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