SNS: ministro diz que quer preservar «o mais importante» - TVI

SNS: ministro diz que quer preservar «o mais importante»

Paulo Macedo

Paulo Macedo salienta que sustentabilidade não está assegurada

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O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse esta quinta-feira que o Governo aposta na sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), para que «o mais importante» nesta área seja assegurado no futuro.

«Tudo faremos para que essa sustentabilidade seja atingida e que depois o mais importante possa ser mantido», declarou Paulo Macedo, em Coimbra, ao intervir na abertura do 16º Congresso Nacional de Medicina, cujo programa inclui o 7º Congresso Nacional do Médico Interno.

Para o governante, que usou da palavra depois do bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, «não há uma segunda via, para além do SNS, que possa assegurar o essencial a quem mais precisa» dos cuidados de saúde.

«Em nome da transparência, importa afirmar que a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde ainda não está garantida», apesar de o Governo ter feito «um esforço enorme» nesse sentido, acrescentou.

Paulo Macedo lamentou as «dívidas acumuladas» pelo SNS nos últimos anos, alegando que elas radicam, designadamente, «na incapacidade de enfrentar um sistema com virtudes, mas também (...) com desperdícios e interesses que os portugueses não podem sustentar».

Ao afirmar que «muitos são os estudos nacionais e internacionais que apontam para desperdícios no setor da saúde até 25 por cento», salientou ser «a este nível» que o Governo pretende atuar.

«É com este nível de ganho que podemos contribuir positivamente para a sustentabilidade do SNS», referiu o ministro da Saúde, admitindo que, «por vezes, é difícil mudar o que perdura há décadas».

Contudo, «sem mudança, o nosso sistema de saúde não poderá evoluir», disse.

Paulo Macedo desafiou ainda os médicos «a continuarem a ser coautores da mudança» e apelou aos cidadãos para optarem por hábitos de vida saudável, como evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas, não comer em excesso e combater o sedentarismo.

«Se não reduzirmos a nossa carga de doença, então o sistema será claramente insustentável», advertiu.

Promovidos pela Ordem dos Médicos, o 16º Congresso Nacional de Medicina e o 7º Congresso Nacional do Médico Interno, subordinados ao tema «Qualidade em Medicina», decorrem até sexta-feira, no auditório principal dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
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