Acordo Ortográfico: manifesto com pareceres inéditos - TVI

Acordo Ortográfico: manifesto com pareceres inéditos

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Opositores entregam segunda-feira novos argumentos ao Presidente da República

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Um dossier com pareceres «de índole fundamentalmente linguística», alguns dos quais inéditos, vai ser entregue na segunda-feira ao Presidente da República por signatários do Manifesto em defesa da Língua Portuguesa contra o Acordo Ortográfico, informa a agência Lusa.

O grupo que fará a entrega, precisamente um mês depois da elaboração do Manifesto, é constituído por Vasco Graça Moura, Jorge Morais Barbosa, Maria Alzira Seixo e António Emiliano.

Vasco Graça Moura realçou esta sexta-feira que, entre os pareceres, figuram os elaborados pela Comissão Nacional da Língua Portuguesa (CNALP), entretanto extinta, e pela Associação de Professores de Linguística e um inédito de António Emiliano, que descreveu como «a análise mais profunda que já se fez sobre o Acordo Ortográfico e a sua memória explicativa».

Lembrando as cerca de 45 mil diligências efectuadas até agora pelos subscritores do Manifesto, o escritor e deputado chamou a atenção para o facto de «nenhum dos pareceres negativos» emitidos sobre o Acordo ter sido «ponderado pelas autoridades».

Ultrapassado há muito o número de 4.000 assinaturas necessário para que o Manifesto seja discutido na Assembleia da República, os peticionários apresentaram já neste órgão de soberania um pedido formal nesse sentido.

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«O nosso Manifesto terá de ser analisado e discutido na Assembleia», vincou Graça Moura, esclarecendo que outras acções, designadamente «junto do governo», se seguirão para fazer valer as razões da oposição ao Manifesto.

Começando por ser uma iniciativa de 19 personalidades da cultura, política e economia, o Manifesto conta hoje com o apoio expresso de aproximadamente 45 mil pessoas. Pretende-se com ele «contribuir com um poderoso movimento de reflexão, apoiado pela opinião pública, sobre os defeitos do Acordo Ortográfico e a necessidade de o bloquear».

Os signatários denunciam no texto do Acordo «inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades», lamentam que «pareceres científicos e técnicos» como, por exemplo, o de Óscar Lopes, não tivessem sido tomados em consideração e que se avance «atabalhoadamente sem consultar escritores, cientistas, historiadores e organizações de criação cultural e investigação científica».
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