Sócrates: polícia quer apanhar autor dos disparos

O ministro da Administração Interna assegurou este sábado que a justiça vai responsabilizar o autor dos sete tiros contra o Pavilhão Arena, em Portimão, de onde saíra meia hora antes José Sócrates.

«A Polícia de Segurança Pública e a Polícia Judiciária estão desenvolver todas as diligências em termos de investigação para apurar quem foi o autor dos disparos e para o responsabilizar nos termos legais», garantiu o ministro da Administração Interna (MAI), Rui Pereira, à margem da cerimónia de apresentação de um novo barco-ambulância, que teve lugar em Faro.

Rui Pereira classificou ainda o disparo dos sete tiros sobre o Pavilhão Arena como «uma brincadeira de muito mau gosto».

«Tratou-se de um conjunto de disparos para o ar com uma arma ligeira, mas devo dizer que mesmo que se possa considerar, no sentido social, uma brincadeira de mau gosto, é uma brincadeira de muito mau gosto com a qual não podemos compactuar», declarou aos jornalistas.

Com a investigação agora em fase de segredo de justiça no âmbito de um inquérito, Rui Pereira recusou fazer mais comentários sobre a arma ligeira ou sobre se as testemunhas oculares já descreveram o autor dos tiros.

«Quando se fala numa investigação em curso devem ser as autoridades judiciárias e os órgãos de polícia criminal a prestar todos os esclarecimentos pertinentes», afirmou.

Segundo Rui Pereira, este tipo de incidente não manchará a imagem de segurança do Algarve.

Desconhecidos dispararam sexta-feira à noite sete tiros contra o Pavilhão Arena, em Portimão, de onde acabara de sair o primeiro-ministro José Sócrates, convidado para um jantar promovido pela Federação Regional de Algarve do PS, não se tendo registado feridos.

Quando ocorreram os disparos, José Sócrates já se encontrava perto de Albufeira, a cerca de 20 quilómetros do local, de acordo com fontes do gabinete do primeiro-ministro.