O ministro da Educação garantiu esta terça-feira que a isenção dos professores com cinco ou mais anos de serviço de fazer a prova de avaliação será definitiva, refutando críticas de que a dispensa dos docentes não tem fundamento legal .
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) defendeu que a prova de avaliação dos professores contratados devia ser anulada, por não haver legislação publicada que dispense qualquer docente do exame marcado para dia 18.
O Bloco de Esquerda também considerou que a isenção dos professores não tem suporte legal e quer ouvir as explicações do ministro da Educação e Ciência no Parlamento.
Em declarações à agência Lusa, à margem do seminário «Ano Europeu dos Cidadãos», promovido pela Pro Dignitate, Nuno Crato afirmou que estas críticas «não têm fundamento» e que os professores podem ficar descansados.
Nuno Crato assegurou que o ministério vai manter o compromisso de isentar da prova os professores que tenham cinco anos ou mais e não tenham tido uma avaliação inferior a bom.
«Neste momento estão já isentos através desta norma transitória e está na Assembleia da República, em discussão, uma norma que a tornará definitiva», sublinhou o ministro, reiterando: «Não há nenhuma dúvida em relação a este compromisso, que nós iremos manter».
O ministro da Educação lamentou ainda o apelo ao boicote no dia da realização da prova de avaliação de conhecimentos e de capacidade.
«Eu lamento que haja apelos desse tipo, os professores que se inscreveram têm o direito a fazer a prova e eu espero que o bom senso prevaleça em todos os locais e que a prova se realize com toda a tranquilidade necessária», cita a Lusa.
O prazo para os professores contratados, com cinco ou mais anos de serviço, requererem a isenção da prova de avaliação, terminou na terça-feira.
Questionado pela Lusa sobre quantos docentes pediram a isenção, Nuno Crato adiantou que esses dados serão divulgados pelo Instituto de Avaliação Educativa.
A isenção da realização da prova para os professores contratados com cinco ou mais anos de serviço foi anunciada pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, após um acordo alcançado com sindicatos do setor, afetos à UGT, que suspenderam, em troca, ações de protesto, incluindo a greve.
Prova de acesso: Crato garante que isenção é definitiva
- tvi24
- 10 dez 2013, 13:36
«Espero que o bom senso prevaleça em todos os locais e que a prova se realize com toda a tranquilidade necessária». O apelo deixado pelo ministro
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