Queda de falésia em Albufeira faz cinco mortos - TVI

Queda de falésia em Albufeira faz cinco mortos

Deslizamento de rochas de uma arriba para a praia Maria Luísa provocou tragédia. Avisos de perigo no local não demoveram turistas

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Uma falésia da Praia Maria Luísa, em Albufeira, ruiu, provocando cinco mortos e três feridos. Uma outra pessoa está desaparecida. Um engenheiro disse à TVI que há um ano se realizaram escavações ilegais na zona, que poderão ser uma das causas da derrocada.

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Para o local foram deslocadas equipas do INEM, Polícia Marítima, Instituto de Socorros a Náufragos e Bombeiros estão no local. Segundo Vaz Pinto, comandante distrital da Protecção Civil de Faro, acorreram rapidamente ao local 38 veículos e 90 operacionais, que lutaram para salvar as pessoas soterradas.

O responsável pelas operações, comandante Marques Pereira, explicou que as buscas foram terminadas às 22:00 porque «toda a área foi batida e não deve haver mais vítimas no local».

Ministro recusa negligência

INAG diz que derrocadas são «imprevisíveis»

Uma das vítimas mortais é um homem de 60 anos, que sofreu politraumatismos e faleceu a caminho do hospital.

Mais tarde, uma mulher de 38 anos, que fora levada para o Hospital de Faro também acabou por falecer, devido aos ferimentos graves que sofreu no incidente.

Morreram ainda três mulheres, segundo disse à Lusa uma fonte do INEM, ao final da tarde. Uma terá cerca de 50 anos e as outras duas menos de 25. Todas as vítimas mortais eram da mesma família.

Além destas vítimas há ainda a registar três feridos. Um foi levado para Faro e outros dois estão em Portimão.



O INEM mobilizou duas viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER), seis ambulâncias e montou um posto médico avançado de intervenção em caso de catástrofe. Foi também accionada a equipa de psicólogos para dar assistência às vítimas e familiares.

Área sinalizada

Cavaco Silva, que se encontra de férias no Algarve, esteve a acompanhar o início das operações. «Os familiares das pessoas afectadas estão a ser acompanhados. Estão já a ter apoio psicológico», disse o chefe de Estado.

O primeiro-ministro, o ministro da Administração Interna também estiveram no local durante a tarde. José Sócrates mostrou-se impressionado com o sucedido e disse ter informações de que «esta situação não tinha sido detectada como perigo iminente».

«É um dia muito triste. Tentámos fazer tudo para evitar a tragédia», disse o presidente da câmara local, Desidério Silva, que esteve no local do acidente.

Devido à derrocada, o Bloco de Esquerda cancelou um comício que estava agendado para Albufeira.

Segundo disse uma empregada de um restaurante local à TVI, durante o incidente «caiu uma rocha enorme no lado esquerdo da praia, em direcção a Olhos de Água».

Outros testemunhos referem que a praia estava cheia de gente e muitas pessoas estavam junto à falésia onde caíram as rochas.

Marques Pereira, da capitania de Portimão/Lagos, assegurou que o local da derrocada estava devidamente sinalizado como zona perigosa, mas as pessoas não terão respeitado esse alerta. «O mar bravo poderá ter precipitado tudo», frisou, lembrando que esta era uma das zonas mais instáveis do Algarve.

Última actualização às 23:00
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