Torres Vedras: 50 enfermeiros despedidos - TVI

Torres Vedras: 50 enfermeiros despedidos

Saúde (Foto Cláudia Lima da Costa)

Sindicato diz que decisão vai beneficiar setor privado

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O eventual encerramento do bloco de partos e da pediatria do Centro Hospitalar de Torres Vedras (CHTV) deverá implicar o despedimento de meia centena de enfermeiros e de outros profissionais, alertou hoje Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

O encerramento de serviços de saúde na região Oeste «implica o despedimento de mais de meia centena de enfermeiros e de outros profissionais de saúde» e «beneficia o setor privado que tem investido em áreas onde deixa de existir serviços públicos», revelou o sindicato em comunicado, citado pela Lusa.

O sindicato acusou ainda o Governo de «querer destruir o Serviço Nacional de Saúde (SNS)» ao pretender avançar com estas medidas apresentando apenas como motivo a redução de despesa.

Para esta estrutura, «não está em causa a redução da despesa ao contrário do que o Governo quer fazer crer, mas sim o encerramento de ou diminuição de serviços», à semelhança do que aconteceu com urgências, maternidades e Serviços de Atendimento Permanente por todo o país ainda no anterior Governo.

«Tais medidas não reduziram os encargos do SNS, mas pelo contrário vieram agravá-los», referiu o sindicato, exemplificando com o aumento dos juros e das dívidas aos fornecedores, das consultadorias externas e das subcontratações «impostas pela impossibilidade de recurso à contratação direta».

Neste sentido, defendeu que se trata de uma «opção cega que de imediato prejudica as populações».

De acordo com uma proposta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo que está a ser discutida com as autarquias e com as administrações dos centros hospitalares de Torres Vedras e das Caldas da Rainha, o ministério tenciona transformar a urgência médico-cirúrgia do CHTV em básica.

Além disso, quer encerrar o bloco de partos e o serviço de pediatria, concentrando estes serviços no Centro Hospitalar Oeste Norte, em Caldas da Rainha, que por sua vez perde a ortopedia e a cirurgia em prol de Torres Vedras.

Com esta reorganização, o Governo pretende poupar 15,9 milhões de euros.

A região Oeste é servida pelo Centro Hospitalar Oeste Norte (Caldas da Rainha), que abrange os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, e pelo Centro Hospitalar de Torres Vedras que serve o Cadaval, Lourinhã, Torres Vedras e parte do concelho de Mafra.
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