Crianças desaparecidas «iam cumprir promessa»

A jovem de 14 anos e o rapaz de 12 que desapareceram de casa, em Vila do Conde, na passada quinta-feira, e foram encontrados esta segunda-feira à noite em Fátima, foram avistados a terem «afectos fora do normal» com o homem que os acompanhava, em vários locais da cidade. O agora suspeito de abuso sexual indicou, no depoimento que prestou às autoridades, que foi até Fátima com os menores para «cumprir uma promessa».

Em declarações ao PortugalDiário fonte da GNR esclareceu que a resolução deste caso foi possível graças a dois factores fundamentais. «Os patrulhamentos de proximidade e sentido cívico dos cidadãos». Segundo explicou a mesma fonte, os menores e o homem de 28 anos foram avistados em diversos locais de Fátima, a terem «afectos fora do normal. Afectos que ultrapassam o habitual entre familiares», adiantou, explicando que dos locais em foram avistados, nenhum deles foi no Santuário de Fátima, ou nas proximidades.

Crianças desaparecidas estavam em Fátima

Homem tenta raptar menina de cinco anos

Após o alerta, a GNR «bateu a zona» e acabou por encontrar os três indivíduos. Numa primeira abordagem, o adulto terá adiantado que existia uma relação de parentesco entre os menores e ele próprio e que foram até Fátima para «cumprir uma promessa». No entanto, a Guarda continuou a pedir elementos que pudessem confirmar a «história de cobertura» e acabou por perceber que existiam contradições na versão apresentada.

Desde logo, os dados do veículo, nomeadamente, a matrícula e a identificação fornecida eram falsos. A GNR intensificou as diligências e acabou por verificar que os menores estavam desaparecidos desde o dia 17 de Janeiro. A denúncia foi apresentada pelos familiares.

Ao que o PortugalDiário conseguiu apurar os dois menores são vizinhos e conhecidos do adulto com quem viajaram. Esta terá sido a primeira vez que saíram de casa, estando ainda por apurar se o fizeram de livre vontade ou coagidos. «Aparentemente não estariam a ser obrigados», adiantou fonte policial.

O caso foi entregue à PJ de Leiria por suspeita de crime de subtracção e eventual abuso sexual de menores.