Militar desaparecido após noite de «copos» - TVI

Militar desaparecido após noite de «copos»

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Soldado de 20 anos estava deslocado em Chaves a participar num exercício do regimento de infantaria 19

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Um militar que se encontrava em Chaves a participar num exercício no regimento de infantaria 19 está, desde a madrugada desta quarta-feira, desaparecido no rio Tâmega, disse à Lusa fonte dos bombeiros.

Trata-se de um jovem de 20 anos, natural de Pinhal Novo, a cumprir serviço militar no Entroncamento.

De acordo com os bombeiros, o militar desapareceu no rio Tâmega, numa zona com cerca de dois metros de profundidade. O jovem integrava um grupo de militares que tinha saído para «beber uns copos» nos bares da cidade.

Já de madrugada, segundo os bombeiros, o grupo deslocou-se até à margem do Tâmega onde a vítima terá apostado em como conseguia atravessar o rio, utilizando as pedras submersas existentes no local.

O militar, que segundo o testemunho dos colegas, não sabia nadar, desequilibrou-se e caiu à água. Os quatro colegas que o acompanhavam tentaram salvá-lo, mas sem sucesso.

Segundo os bombeiros, os jovens entraram em hipotermia. Dois foram levados para o hospital local, onde permanecem internados, e os restantes recolheram ao quartel.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública (BVSP), José Carlos Silva afirmou que vinte homens realizaram durante toda a madrugada e início da manhã a dragagem ao longo do Tâmega, mas «sem resultados».

Nas buscas para encontrar o militar estão envolvidas as duas corporações de bombeiros de Chaves e Vidago, uma equipa da protecção civil e da câmara de Chaves e ainda um grupo de militares que patrulham as margens do rio.

Além destes meios, estão dois mergulhadores dos bombeiros da Régua e cinco dos bombeiros da Cruz Branca, de Vila Real.

O coronel do RI19, Megre Barbosa, referiu à Lusa que o militar desaparecido no rio Tâmega veio «em substituição» de um colega do Regimento do Entroncamento.

O militar estava no quartel de Chaves há dois dias e iria ficar a realizar o exercício de preparação durante cerca de um mês. Segundo o coronel, o grupo dos oito militares vai receber apoio psicológico.

«Um deles está bastante afetado porque ainda conseguiu agarrar o braço do colega no rio, mas como a corrente era intensa acabou por não conseguir segura-lo», acrescentou.

O RI19 disponibilizou vinte militares que, desde a madrugada, patrulham as margens a jusante do rio e «vão continuar no local até aparecer o militar».

«O Comando da Brigada de Intervenção de Coimbra vai proceder à abertura de um inquérito», realçou o coronel do RI19.
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