Infarmed proíbe uso de kits de diagnóstico à Covid-19 distribuídos pelo Governo - TVI

Infarmed proíbe uso de kits de diagnóstico à Covid-19 distribuídos pelo Governo

Infarmed proibiu a distribuição de testes que já estão a ser usados em lares e creches

Foram distribuídos pelo Governo 48 mil kits de diagnóstico à Covid-19, que já estão a ser usados, mas sem ter o parecer positivo do Infarmed. 

De acordo com o Observador, a autoridade de saúde veio agora proibir a distribuição desses mesmos testes por creches e lares, por ter dúvidas quanto à "segurança e desempenho" do mesmo.

Os kits são compostos por duas zaragatoas, uma etiqueta autocolante para identificação e um tubo hermético com o meio de transporte viral.

O material começou a ser distribuído no dia 23 de abril, mas o “relatório de avaliação dos requisitos de segurança e desempenho à zaragatoa com meio” só a 18 de maio é que chegou ao Infarmed. O material vai ser analisado e enquanto as questões não estiverem devidamente esclarecidas, a sua distribuição está proibida. 

Os kits estão a ser produzidos em Portugal, pelo Algarve Biomedical  Centre em parceria com o Instituto Superior Técnico e as empresas Hidrofer e Logoplaste, que atestam a fiabilidade do produto.

Testes cumprem critérios de testagem do INSA 

A ministra da Saúde defendeu este domingo que é preciso distinguir critérios de testagem, a ser cumpridos, de critérios para introdução no mercado, questionada sobre a falta de parecer positivo do Infarmed a testes aplicados em creches e lares.

Na conferência de imprensa diária com a Direção-Geral da Saúde para um ponto de situação da evolução da pandemia de Covid-19 em Portugal, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que os testes cumprem os critérios de testagem do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Instituímos um sistema de avaliação desses artigos, que envolve um conjunto de entidades e que funciona. Isso, independentemente de alguns desses artigos já terem sido utilizados, sem ser comercialmente, mas na produção de determinados resultados, de determinados testes que, no caso dos testes analíticos, cumprem a metodologia aprovada pelo INSA. Portanto, eu penso que devemos distinguir critérios de realização de testagem daquilo que são critérios de introdução no mercado, e é natural que as entidades competentes façam a avaliação de uns e de outros”, disse.

A ministra defendeu ainda que os problemas encontrados no processo de certificação devem dar “tranquilidade” aos portugueses de que a avaliação que tem de ser feita o está a ser, sendo “apenas sinal de que estas entidades estão a funcionar e a fazer o seu papel”.

Portugal contabiliza 1.316 mortos associados à covid-19 em 30.623 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia, hoje divulgado.

Portugal entrou no dia 3 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência, desde 19 de março.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE