Demolição do prédio Coutinho é «irreversível» - TVI

Demolição do prédio Coutinho é «irreversível»

Sociedade

«O tempo» vai ajudar a resolver o problema, disse o coordenador nacional do Programa Polis

O coordenador nacional do Programa Polis, José Pinto Leite, afirmou esta quinta-feira que a demolição do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, «é irreversível», sublinhando que «o tempo» vai ajudar a resolver o problema.

«O tempo também resolve. Das cerca de 300 pessoas que inicialmente viviam no prédio, neste momento estarão lá 40 ou menos. O prédio vai sendo esvaziado e, portanto, acabará por estar completamente vazio e poderá ser demolido nessa altura», referiu Pinto Leite.

Com mais de 30 anos, o «prédio Coutinho» é um edifício de 13 andares, no Centro Histórico de Viana do Castelo, que a Câmara de Viana do Castelo, ao abrigo do Programa Polis, quer demolir, por questões estéticas.

Das 105 fracções do edifício, e segundo informou hoje à Lusa fonte da Câmara, 60 já estão na posse da VianaPolis, a sociedade gestora daquele programa de requalificação urbana. A mesma fonte acrescentou que neste momento morarão no prédio 20 pessoas.

A demolição está suspensa por ordem do tribunal, na sequência de providências cautelares interpostas por um grupo de moradores que se recusam a sair do edifício.

Ainda segundo a fonte camarária, por causa destas providências cautelares está suspenso o processo de expropriação de 43 fracções, 16 das quais pertencem ao mesmo proprietário, no caso o «pai» do prédio.

«Neste momento, mais de 50 por cento do prédio já é da Polis, já há poucas pessoas a morar lá, estamos serenamente à espera que se decida [em tribunal], mas penso que [a demolição] já é irreversível», sublinhou Pinto Leite.

«É difícil, mas terá a sua conclusão em breve, penso eu. Também há coisas que o tempo ajuda a resolver», reiterou.

A Lusa tentou ouvir o porta-voz dos moradores, Marçal Teixeira, mas não foi possível.
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