VIH: Hospitais tentam cortar medicamentos caros - TVI

VIH: Hospitais tentam cortar medicamentos caros

Dia Mundial da Sida (Foto Lusa/EPA)

Responsável admite que é efectuada uma «avaliação económica» do custo de tratamentos

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A especialista em VIH Teresa Branco declarou esta quinta-feira que as administrações de alguns hospitais tentam evitar a prescrição de medicamentos mais recentes e caros, mas os médicos «não aceitam» esta intenção sobretudo quando não há medicamentos alternativos, noticia a Lusa.

A internista escusou-se a revelar à Lusa quais os hospitais em causa, referindo que as tentativas de algumas administrações em conter custos desta forma são comentadas entre os médicos, que estão obrigados a justificar a prescrição dos fármacos e mostrar que não há outras opções.

«Vamos ver é até quando os médicos têm capacidade para resistir. Mas nenhum médico pode aceitar que não seja prescrito um fármaco eficaz que um doente necessite quando não há outra opção», garantiu a médica, explicando não se tratar de qualquer «política escrita».

O presidente Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, admitiu à Lusa que quando há uma «panóplia de medicamentos e há estudos económicos» que referem as melhores opções, sublinhando que se não existir alternativa terá sempre que se facultar o medicamento prescrito pelo clínico.

Melhores resultados

«Há pessoas que não aceitam muito bem a avaliação económica», notou o dirigente, que também acrescentou que a contenção de custos determinada pela «fase complicada» que se vive passa pela disciplina e racionalização de consumos e não pela proibição de fornecimento de medicamentos prescritos.

«Não acredito que aconteça de uma forma generalizada a não dispensa de medicamentos prescritos pelos médicos. Falar destas práticas não é novidade, mas nunca ninguém apresentou de forma absoluta situações», referiu ainda.

Os custos na área do VIH/Sida têm aumentado «não só pelo número de doentes, mas pelos custos dos tratamentos», considerou Teresa Branco. «No entanto, temos muito melhores resultados nos últimos cinco anos», acrescentou a especialista, acrescentando que nesta área se fazem tratamentos «individualizados».
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