Sondagem TVI: católico sim, praticante nem por isso - TVI

Sondagem TVI: católico sim, praticante nem por isso

Cerca de 80 por cento dos portugueses admite que não se confessa

96 por cento dos portugueses dizem-se católicos, mas apenas menos de metade se considera praticante. São as conclusões de uma sondagem da TVI - Intercampus que, em vésperas da visita do Papa a Portugal, avalia o peso da religião na vida dos portugueses.

Segundo o inquérito, 96% dos portugueses dizem ser católicos, no entanto, só 48% dos católicos praticam os rituais da Igreja. Questionados sobre se assistiram a algum acto religioso nos últimos 30 dias, 56% dos católicos inquiridos respondem que sim, 43,8% dos fiéis dizem que não.

Quanto à comunhão, as respostas mostram uma maioria de católicos afastada deste rito.

73,5 % afirmam não comungar regularmente, enquanto apenas 26% o fazem com regularidade. Mas 65% desta minoria diz comungar todas as semanas, 19% recebe a comunhão uma vez por mês, 15% mais ocasionalmente. Entre os 18 e os 34 de idade, 70% dos inquiridos afirmam comungar todas as semanas.

Olhando para as regiões, o Sul é a zona do país onde uma fatia maior da população recebe a comunhão semanalmente. Segundo a fé católica receber a comunhão deve compadecer-se com alguma regularidade nas confissões a um padre, mas apenas 17% dos fiéis o fazem regularmente.

Ficha Técnica

Sondagem INTERCAMPUS para a TVI, realizada entre os dias 27 e 30 de Abril de 2010, com o objectivo de conhecer a opinião da população portuguesa sobre temas da actualidade.

Universo constituído pela população portuguesa, com mais de 18 anos, residente em Portugal Continental. Com recolha através de entrevista telefónica, a amostra é constituída por 803 entrevistas: 51,6% dos entrevistados do sexo Feminino, 48,4% do sexo Masculino, 31,5% dos entrevistados com idades entre os 18 e os 34 anos, 33,9% entre os 35 e os 54 anos e 34,6% dos indivíduos com mais de 55 anos. Por regiões 17,6% dos entrevistados residem no Norte Litoral, 13,3% no Grande Porto, 19,4% no Interior, 18,3% no Centro Litoral, 21,3% na Grande Lisboa e 10,1% no Sul. O erro de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais ou menos 3,46%. Nos resultados de temas sobre política, e quando aplicável, é feita uma distribuição proporcional de registo de não respondentes, sem opinião e abstenção, passando a usar-se a expressão «Projecção».
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