Coimbra: mais camas para alunos - TVI

Coimbra: mais camas para alunos

Laboratório de Laser da Universidade de Coimbra

Universidade abre nova residência e dá dormida a mais de 1.300 alunos

A Universidade de Coimbra (UC) abriu esta semana uma nova residência para estudantes, com cerca de 270 camas, no Pólo da Saúde, cujo investimento total rondou os cinco milhões de euros, escreve a Lusa.

É a 13.ª residência para alunos da UC, elevando a oferta para as 1.352 camas, tendo a obra sido co-financiada por verbas do PIDDAC e do FEDER, através do programa Programa Operacional Ciência e Inovação 2010.

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Há «vontade política de estrangular o Ensino Superior»

«Com esta nova residência, cobrimos a procura média dos últimos anos, mas dentro de algum tempo devemos entrar de novo numa situação deficitária, com o aumento da internacionalização dos alunos», disse à Lusa o vice-reitor Avelãs Nunes, referindo que a UC tem estudantes provenientes de mais de 50 países.

Para responder ao esperado aumento da procura, a instituição está em negociações com uma cooperativa de estudantes, no sentido de as antigas instalações da Imprensa da Universidade serem transformadas numa residência para 25 a 30 alunos.

Todas as residências universitárias dispõem de sala de convívio e cozinha equipada, e a Universidade garante a prestação de serviços de limpeza e de apoio a cozinha e lavandaria. As mais recentes dispõem de Internet nos quartos. São habitadas por alunos carenciados ou deslocados com mais dificuldades.

Mais «candidatos a bolsas»

Nos últimos tempos, a Universidade tem registado «um aumento considerável de candidatos a bolsas» de estudo, admitiu Avelãs Nunes.

«O problema é que não temos capacidade de resposta, sentimos o problema mas não temos como resolvê-lo», afirmou o catedrático, para quem «o Governo não tem levado muito a sério a acção social escolar».

A UC apoia estudantes que, apesar de não reunirem os requisitos para atribuição de bolsas pela Direcção-Geral do Ensino Superior, têm, na análise dos Serviços de Acção Social, «manifestas e comprovadas» dificuldades económicas.

Os alunos beneficiados pagam, na prática, a propina mínima (550 euros) em vez do valor máximo (cerca de 970 euros), sendo o diferencial assegurado pela Universidade, que, assim, dispõe de um esforço adicional de cerca de 300 mil euros por ano.

Nas 17 cantinas da Universidade são disponibilizados diariamente 30 pratos de comida diferente e, por ano, servidas cerca de 1,7 milhões de refeições. Os serviços médicos ultrapassam as 15 mil consultas/ano.
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