Ana Jorge alerta para perigos de cortes na Saúde - TVI

Ana Jorge alerta para perigos de cortes na Saúde

Ex-ministra diz que serviço de qualidade para todos pode estar em risco

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A ex-ministra do PS Ana Jorge alerta que «mais cortes» no orçamento Saúde pode ser perigoso e pôr em risco a «saúde de qualidade para todos os portugueses».

«Penso que poderá estar em risco a saúde de qualidade para todos os portugueses. Penso que mais cortes e mais redução naquilo que é a disponibilidade [orçamental] para a saúde pode ser perigoso», afirmou Ana Jorge, em declarações à agência Lusa sobre as expetativas quanto ao Orçamento do Estado de 2013.

A antiga governante olha com «alguma preocupação» para o estado atual do setor e considera que há «situações complexas» como «a grande desmotivação da parte dos profissionais», que pode comprometer uma «saúde de qualidade».

Para a ministra da Saúde dos governos socialistas de José Sócrates, «há uma ou outra situação que é complexa», nomeadamente «uma grande desmotivação da parte dos profissionais».

«E isso é uma situação complexa porque, de facto, [eles] são as peças fundamentais na qualidade dos cuidados que prestamos e, neste momento, dentro das instituições há uma grande desmotivação e isso é preocupante», alertou Ana Jorge.

Reconhecendo que «obviamente alguns [cortes orçamentais] têm de ser feitos», a médica pediatra que fez carreira no Serviço Nacional de Saúde (SNS) disse que «os cortes na saúde não podem ser feitos de uma forma geral» e que «têm de ser cirúrgicos».

«Tem de se pensar onde se pode cortar, mas nunca de uma forma generalizada e nunca a eito. Tem de se pensar onde, como e quem é que [os cortes orçamentais no setor] abrangem», reiterou.

Em agosto, o ministro da Saúde afirmou que o Orçamento de Estado para 2013 contemplará as obrigações previstas no memorando da troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia), mas escusou-se a quantificar essa verba, remetendo a decisão para uma discussão no interior do Governo.

Confirmando que a saúde «tem menos dinheiro do que o desejado», o governante admitiu que «é possível trabalhar com aquilo que foi acordado no memorando da troika».
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