Beja: «Não teve coragem de suicidar-se antes» - TVI

Beja: «Não teve coragem de suicidar-se antes»

Especialistas já esperavam suicídio. Responsável do Observatório das Prisões exige responsabilidades

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Os especialistas garantem que o suicídio de Francisco Esperança, o suspeito do homicídio da mulher, da filha e da neta, em Beja, era previsível.

«Já estava para acontecer no dia em que aconteceram os crimes. Quando ele mata toda a família e todos os bichos que tinha lá em casa, penso que não teve foi coragem de o fazer nesse dia. Depois tentou que a polícia o matasse, simulando que tinha uma arma atrás das costas. Agora com esta pressão toda dos media de um linchamento possível que lhe queriam fazer na própria terra dele. Eu penso que ele não conseguiu lidar com essa pressão toda», explicou João Rucha Pereira, mestre em psicologia criminal.

Um responsável do Observatório das Prisões fala mesmo em negligência dos serviços.

«Eu acho que é claro que houve uma negligência. Os riscos nos primeiros dias à entrada da cadeia são muito maiores do que os riscos nos outros dias. Ninguém vai assumir responsabilidades nenhumas, estão todos a achar que é normal que isto aconteça. Não, não é normal», apontou António Pedro Dores.

O responsável diz ainda que o director-geral dos Serviços Prisionais não tem condições para continuar.
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