Jardim: casas destruídas «não chegam a 15» - TVI

Jardim: casas destruídas «não chegam a 15»

«Deus nos Ajude esta noite», desabafou presidente do Governo Regional da Madeira

O presidente do Governo Regional da Madeira afirmou hoje que «não chegam a 15» as casas destruídas pelos diferentes fogos que deflagraram nesta região que estão a ser combatidos por 250 bombeiros e 50 viaturas.

Alberto João Jardim falava numa conferência de imprensa nas instalações do Serviço Regional da Proteção Civil, no Funchal, para fazer um balanço provisório à situação dos incêndios que fustigam a região desde terça-feira, sobretudo nos concelhos do Funchal, Calheta, Ribeira Brava, Santa Cruz e Porto Moniz.

«Penso que neste momento não deve chegar a 15 casas» destruídas pelos incêndios, disse o governante, adiantando que existem 50 fogos prontos para receber pessoas, «desde que não nos levantem problemas burocráticos», relacionados com «as leis deste país, numa altura de emergência» como esta.

Jardim agradeceu a todas as forças e pessoas envolvidas no combate aos incêndios, num esforço «inexcedível», o apoio do ministério da Administração Interna que forneceu um contingente de 80 elementos que estão já no terreno, reforçando os bombeiros das várias corporações.

«Quero agradecer a confiança que o Presidente da República, desde Moçambique, exprimiu nas autoridades e meios locais envolvidos no combate a esta tragédia», declarou ainda o líder madeirense

O governante informou que neste momento existem diversos focos de incêndio em diferentes pontos da ilha cuja situação «é complicada», designadamente Gaula, Rochão, Águas Mansas, Carreiras, que estão a ser combatidos por 250 homens e 50 viaturas.

«Vamos solicitar todos os meios de apoio previstos nos tratados europeus, que vão ser suscitados no mesmo esquema que foram aquando do temporal de 20 de fevereiro de 2010», anunciou o líder insular.

Jardim referiu que, em termos de abastecimento de água, tem sido possível «responder às necessidades», mas, tendo em conta que não há «previsão de quando acabarão estes fogos», apelou ao consumo mínimo de água.

«Estamos a esgotar tudo o que temos para fazer face a esta catástrofe», garantiu.

Sobre a situação de outros fogos, disse que estão «controlados» os fogos na Lombada, Camacha e a Morena, Canhas, Achadas da Cruz, Ponta do Pargo e Fajã da Ovelha, o mesmo acontecendo com os incêndios no concelho do Funchal, onde têm ocorrido alguns reacendimentos, estando «em rescaldo» os focos na Serra de Água e em Machico.

Jardim salientou que, tendo em conta a situação de suspeita de fogo posto, «a Polícia Judiciária está no terreno á procura de suspeitos», lamentando que aqueles que foram detidos há dois anos por idêntico crime «ainda não tenham sido julgados».

Mencionou que o movimento no aeroporto não foi afetado, que diferentes estruturas estão preparadas para receber eventuais desalojados, cujo número disse não estar definitivamente apurado, e lamentou ainda que os meios que o governo disponibiliza para a limpeza de terrenos privados, por forma a evitar este tipo de situações, não sejam bem acolhidos pelos proprietários.

"Deus nos Ajude esta noite", concluiu.
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