Quadro de Vieira da Silva vendido por 1,5 milhões - TVI

Quadro de Vieira da Silva vendido por 1,5 milhões

Leilão em Paris, realizado no sábado pela Tajan

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Um quadro da pintora de origem portuguesa Maria Helena Vieira da Silva atingiu o recorde de 1,5 milhões de euros num leilão em Paris, realizado no sábado pela Tajan, destaca hoje o site da leiloeira.

A obra «St. Fargeau» foi vendida por 1.544.701 euros, «um recorde do mundo» segundo o site, durante o leilão de um conjunto de 70 peças da Colecção Jorge de Brito, considerado o mais importante coleccionador português do final do século XX.

As obras de arte moderna e contemporânea, pintura antiga, mobiliário, porcelana chinesa e objectos em jade estão em exposição desde o dia 11 nas instalações da Tajan.

João de Brito, um dos filhos do coleccionador nascido em 1927 e falecido em 2006, disse durante a semana à agência Lusa que este seria «o maior leilão jamais realizado das obras da colecção», que chegou a ter cerca de três mil peças, na sua maioria na área da pintura, especialmente do período barroco e também do século XX.

Os herdeiros de Jorge de Brito viram encerrado em Julho um processo de classificação de um conjunto de obras da pintora Vieira da Silva que se arrastava há cinco anos e que envolveu negociações com o Ministério da Cultura e a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, em que 22 peças se encontravam depositadas desde a inauguração do museu, em 1994.

A família acabou por retirar todas as obras este ano, mas, após o arquivamento do processo de classificação, concordou em estabelecer um outro acordo para depositar novamente seis quadros de Vieira da Silva na Fundação durante cinco anos, com opção de compra pelo Estado até 2015.

Nascido em Lisboa, Jorge de Brito trabalhou no setor financeiro e adquiriu vários bancos que vieram a dar origem ao Banco Internacional Português, e também a várias empresas nas áreas do turismo, agricultura e comércio.

Após a revolução de 25 de Abril de 1974, foi viver para Paris, regressando a Portugal no início dos anos 80, restabelecendo as suas actividades, e foi vendendo algumas das peças de arte, nomeadamente à Fundação Calouste Gulbenkian, mas manteve uma colecção privada.
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