Explosão de munições não deflagradas na Somália faz 27 mortos, incluindo crianças - TVI

Explosão de munições não deflagradas na Somália faz 27 mortos, incluindo crianças

  • Agência Lusa
  • ARC - notícia atualizada às 22:00
  • 9 jun 2023, 19:24
Somália (arquivo)

A região é palco de confrontos regulares entre as forças armadas somalis e o movimento radical islâmico Al-Shebab

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Vinte e sete pessoas, entre as quais várias crianças, morreram em consequência de uma explosão de engenhos explosivos não deflagrados na Somália, a cerca de 120 quilómetros a sul da capital, Mogadíscio, anunciou esta sexta-feira fonte administrativa. Há ainda 52 feridos, informa a Reuters, citando a agência estatal.

"Houve um desastre perto de Qoryooley, crianças inocentes morreram numa explosão causada por morteiros", disse em conferência de imprensa o subcomissário do distrito, Abdi Ahmed Ali.

O dirigente não deu detalhes sobre a origem das munições.

A região é palco de confrontos regulares entre as forças armadas somalis, apoiadas pela Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS, na sigla em inglês), e o movimento radical islâmico Al-Shebab, ligado à Al-Qaida, que combate o governo federal apoiado internacionalmente desde 2007.

Abdi Ahmed Ali pediu ajuda às autoridades para "remover as munições não deflagradas que estão espalhadas pela região" e "evitar este tipo de desastres".

Ibrahim Hassan, um residente da cidade contactado pela agência AFP, disse que a maioria das vítimas eram "crianças pequenas, que morreram no local depois de uma delas ter atingido um engenho explosivo perto de um parque infantil".

Em 26 de maio, pelo menos 54 soldados foram mortos pelo Al-Shebab que atacaram uma base da União Africana (UA) dirigida por soldados ugandeses em Bulo Marer, uma cidade a cerca de 30 quilómetros de Qoryooley.

O movimento radical islâmico combate há mais de 15 anos o governo da Somália, apoiado pela comunidade internacional, para instaurar a lei islâmica neste país do Corno de África.

Expulsos das principais cidades em 2011-2012, o Al-Shebab continua firmemente entrincheirado em vastas zonas rurais, a partir das quais continua a efetuar ataques contra alvos civis e das forças de segurança.

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