No final do jogo na Liga Europa, frente ao Hoffenheim, Carlos Carvalhal revelou não ter gostado do período entre os 20 e os 40 minutos, considerando que a equipa se conformou com o resultado.
Este sábado, na conferência de antevisão ao jogo com o AVS, o treinador do Sp. Braga recordou a palestra aos jogadores.
«Apesar de estarmos a vencer 2-0, a minha satisfação não era grande e os jogadores acolheram isso muito bem. Disse-lhes que não há aqui nenhuma síndrome Sporting (perder por 2-4). Tínhamos de ter a bola, comandar o jogo, e a reação na segunda parte foi muito boa».
«Não está tudo perfeito. O foco não é nas vitórias, mas no que temos de melhorar, fazer mais e melhor, porque temos de crescer para nos batermos com adversários fortes», analisou
Carlos Carvalhal considerou ainda que os jogadores estão mais habituados ao que é o Sp. Braga.
«É uma questão de educação e de habituação, os jogadores perceberem que perder um jogo aqui não é normal e estão cada vez mais habituados a isso, já sabem o que a casa gasta. Costumo falar-lhes de questões da vida, não só de futebol, porque os jogadores captam melhor uma lição de vida.»
«Dei a cada jogador o livro do Zé António [antigo lateral do Leixões] pela doença dele, a esclerose lateral amiotrófica [ELA], é um lutador e ler um livro daqueles também inspira», referiu.
Por outro lado, Carvalhal considera injusto regressar à Liga antes de Vitória de Guimarães e FC Porto, que também jogaram na quinta-feira.
«O Vitória e o FC Porto jogaram fora na quinta-feira e a Liga privilegiou essas equipas. Mais uma vez, vamos apanhar com a “batata quente” de jogar quinta-feira e domingo, mas vamos a jogo e para ganhar», rematou.
Os «Guerreiros», 5.º classificados com 20 pontos, e o AVS, 13.º com 10 pontos, defrontam-se a partir das 20h30 deste domingo, na Vila das Aves, encontro que contará com arbitragem de António Nobre.