Aldo Duscher, antigo jogador do Sporting, atualmente com 44 anos, voltou a recordar a passagem por Alvalade, de 1998 a 2000, numa entrevista ao jornal espanhol As em que dá conta que já não consegue jogar futebol, devido a problemas nos joelhos.
Depois de ter iniciado a carreira o Newell’s Old Boys, Duscher chegou à Europa através do Sporting em 1998. «Joguei em todas as camadas do Newell’s até chegar à primeira equipa. Daí, saltei para Portugal, para o Sporting. Aí, tive dois anos muito bons. No primeiro entrámos na Champions e, no segundo, fomos campeões na Liga. O clube estava há 18 anos sem vencer o campeonato, mas nós conseguimo-lo. A partir daí, o Depor fixou-se em mim e acabou por me contratar. Estive lá sete temporadas», começa por recordar.
O antigo médio recorda depois o seu longo percurso no Depor, com várias aventuras europeias, e aborda também as suas passagens pelo Racing Santander, Sevilha e Espanhol, até à sua reforma, já há onze anos. «Foi uma carreira muito positiva. A verdade é que alcancei muitas coisas, aprendi muito e partilhei o balneário com grandes companheiros e ídolos. O futebol tem data de expiração, temos de o aceitar. Dei tudo, fiquei vazio», destaca.
Uma carreira marcante, com apenas uma lacuna para o antigo jogador. «Como jogador, faltou-me jogar um Mundial. Estive muito próximo de o jogar. De resto, mais nada, estou a começar uma nova carreira. Espero ter êxito», acrescentou.
Uma carreira longa que deixou o antigo jogador com problemas nos joelhos, mas Aldo está agora determinado em seguir a carreira de treinador. «Hoje-em-dia não jogo futebol, tenho os joelhos… não aguento mais. Estou tranquilo porque dei tudo enquanto podia. Agora estou numa nova etapa de treinador, à procura de continuar a preparar-me para, em algum momento, ter também uma carreira importante na direção técnica», prosseguiu.
E quais as referências do antigo jogador do Sporting? «Cada um tenta copiar ou inspirar-se no perfil dos treinadores que teve na carreira. A minha filosofia é a minha filosofia que me fez crescer como jogador, que é a mesma do Newell’s e da do Rosario. A mesma que me fez chegar à primeira equipa do Newell’s e a consagrar-me na Europa. Acredito muito na formação do Jorge Griffa, na formação que Griffa deu a Marcelo Bielsa e que Bielsa aproveitou muito bem. Vou por aí, são as minhas referências», destacou ainda Duscher que junta às referências outros nomes, como Marcelino, José Pekerman ou Marcelo Gallardo.