Ruben Amorim: «Não há estrelinha, há competência» - TVI

Ruben Amorim: «Não há estrelinha, há competência»

Sporting-Gil Vicente, 3-1 (reportagem)

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Ruben Amorim, treinador do Sporting, em conferência de imprensa, depois da vitória sobre o Gil Vicente, no Estádio de Alvalade, em jogo da 12.ª jornada da Liga:

Uma vitória que isola o Sporting no primeiro lugar. Resultado podia ter sido mais dilatado?

- Sim, criámos muito mais ocasiões para marcar mais golos do que propriamente o Gil Vicente chegar ao golo naquela altura. O Gil Vicente conseguiu congelar o jogo nessa fase e marcou na primeira vez que chegou à nossa baliza. Conseguimos chegar ao empate antes do intervalo e depois na segunda parte controlámos e marcámos. Fomos superiores na segunda parte, empurrámos para a baliza do Gil e, com a qualidade dos nossos jogadores que, com todo o respeito, é diferente das do Gil, fizemos a diferença. Vitória justa que podia ter sido por mais golos.

O que pretendeu com as três alterações que fez ao intervalo?

- Tentamos olhar para o que o adversário faz. Esperávamos uma coisa do Gil Vicente, mas aconteceu outra. O Félix nunca jogou à direita, nunca jogou baixo. Criámos muitas ocasiões no inicio, tínhamos muitos espaços nos corredores, mas depois o jogo acalmou, sofremos um golo e o nossos jogo não estava tão fluído. O Esgaio, quanto a mim, estava a fazer de um dos melhores jogos dele. Tentámos mudar a nossa forma de jogar, mas não dava para mudar com aqueles jogadores. Foi um bocadinho injusto para eles, mas era necessário.

Foi a quarta vez esta época que o Sporting esteve a perder e conseguiu virar o resultado. A equipa está mais confortável? Já não há alarmes que deixem a equipa em sobressalto?

- Depende do momento a equipa, este ano é um bocadinho mais fácil porque estamos na luta por tudo. Os adeptos também nos ajudam um bocadinho. Quando sofremos um golo, quer agora, quer no jogo com o Estrela, foram os adeptos que nos empurraram para a frente. Não há estrelinha, há competência. Fazemos muito por essas reviravoltas. Mudámos a nossa forma de jogar. Quando o Gil chegou ao golo, não tinha feito nada, portanto continuámos a jogar da mesma forma e acabamos por virar.

Sentiu ansiedade na equipa, depois do empate do Benfica e por o primeiro lugar estar tão perto?

- Não senti. Há que dar mérito ao adversário que nos bloqueou o jogo. Até senti que a equipa entrou muito bem, fomos muito competentes, criámos ocasiões, mas depois acho que o Gil conseguiu congelar o jogo. O Gil apresentou-se de uma maneira que não costuma jogar e isso complicou um pouco. Quando falei de estofo, foi no sentido de não deixar o adversário chegar à nossa baliza, nesse sentido temos mais que no passado, mesmo quando fomos campeões. No estádio não senti ansiedade, senti que queríamos muito ganhar. Na segunda parte jogámos melhor e chegámos à vitória.

O que muda com o Sporting na liderança?

- É igual. Acho que muita gente vai ainda perder pontos, é um campeonato difícil, é jornada a jornada, jogo a jogo. Se ganharmos o próximo, estaremos com certeza na liderança, é isso que quero.

Golo do empate antes do intervalo, foi importante?

- É sempre importante, não é nos quinze minutos que os jogadores vão para o intervalo que podemos mudar alguma coisa, mas é diferente, até nas bancadas, é mais confortável. Sabemos que só precisamos de mais um golo, tudo se torna mais fácil e foi o que aconteceu. Tornámos mais fácil a segunda parte.

As mudanças táticas ao intervalo, são para repetir?

Sim, pode ser repetido mais vezes, mas os adversários também vão conhecendo. Às vezes é preciso, as equipas, quando vêem do intervalo, esperam uma coisa e aparece outra diferente. Fazem-nos a nós essas nuances e nós tentamos fazer o mesmo, criar dúvidas no adversário. O Gil bloqueou o nosso sistema normal, mas na segunda parte já tiveram dúvidas. O Félix teve dúvidas em quem marcar, é um plano que já estamos a trabalhar há muito tempo, mas que pode dar muito jeito.

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