Rafael Leão vai apresentar esta quarta-feira a autobiografia intitulada «Smile», na qual recorda os momentos mais importantes da vida e da carreira. Entre eles, o internacional português explica a rescisão de contrato com o Sporting, após o ataque a Alcochete.
O jogador recordou que conhecia vários dos agressores, com quem se tinha cruzado na escola, e que isso aumentou o sentimento de receio nos dias a seguir.
«Por causa disso, o meu pai mandou-me para o Porto, para casa de uns amigos. Eu e os meus amigos recebemos várias ameaças nas redes sociais.»
Como se sabe, Rafael Leão acabou por rescindir contrato, de forma unilateral, com o Sporting e assinou pelo Lille antes de, mais tarde, se mudar para o Milan. A partir daí a vida dele nunca mais foi a mesma, e até mesmo hoje, acrescenta, continua a ser perseguido pelos adeptos do Sporting, que nunca lhe perdoaram a rescisão de contrato.
«Mesmo hoje em dia, se comentar alguma foto do Sporting ou de um jogador do Sporting sou inundado com insultos, chamam-me de traidor. Vivi um inferno nessas semanas, até que rescindi o contrato de forma unilateral, tal como vários os outros jogadores que foram atacados. Tinha 18 anos e fui obrigado a deixar o meu país», revela ainda o avançado português do Milan.