A carreira de Raphinha é digna de menção: do Brasil, para Portugal, depois França, Inglaterra e agora Barcelona, onde singrou e se apresenta agora ao melhor nível. Em entrevista à ESPN, o internacional brasileiro confessou mesmo que a sua carreira dava para ser uma série televisiva.
«Brincamos aqui em casa, que, se fizermos uma série, teria muitos capítulos. Seriam muitas temporadas. Daria uma série porreira. Todos os profissionais constroem uma carreira única e cada um tem a sua maneira de levar. Sempre tive foco e acreditei no meu potencial. Obviamente, quando ainda estava no Avaí, não me imaginava no Barcelona, mesmo sendo isso um sonho. Sempre pensei degrau a degrau, um dia após o outro, uma temporada após a outra. Sempre procurei dar o meu melhor», começou por dizer.
Sobre a transferência para o Sporting, proveniente do V. Guimarães, a pedido de Jorge Jesus, Raphinha revelou que ficou triste por não jogar sobre as ordens do treinador português, que rumou ao Al Hilal em 2018/19.
«Eu já estava há dois anos e meio em Portugal (no V. Guimarães) e tinha acompanhado o trabalho dele no Sporting, mesmo sem saber que poderia ir para lá. Quando soube do desejo do Sporting, apresentaram-me o projeto e disseram-me que era um desejo muito grande do treinador. Foi muito bom», partilhou o jogador de 28 anos.
«O Sporting queria que me apresentasse antes da janela de inverno, mas o V. Guimarães não aceitou essa opção. Falei com Jesus brevemente, inclusive joguei contra ele no último dia do mercado, e até tive conversas com funcionários do Sporting, que diziam para fingir uma dor ou alguma coisa para não jogar», acrescentou.
Porém, o extremo recusou-se a tal e garantiu que o profissionalismo com os Vimaranenses estava «acima de tudo».
«Eles entenderam logo com quem estavam a lidar. Falei depois com o mister, que queria contar comigo na temporada seguinte, mas infelizmente não aconteceu. Cheguei lá depois, e ele já não era o treinador», referiu.
Por fim, Raphinha confessou que tem «carinho» pelo atual treinador do Al Nassr, que é um dos «melhores» e com quem gostava de trabalhar.
«Tenho carinho por ele, encontrámo-nos algumas vezes depois. É um dos melhores treinadores, fez trabalhos incríveis por onde passou, e eu particularmente gosto de trabalhar com os melhores. Acompanhei muito o sucesso dele no Brasil também. Fica aquele gostinho de como poderia ter sido», finalizou.
Esta temporada, Raphinha, quinto lugar na Bola de Ouro, leva três golos e duas assistências em sete jogos pelo Barcelona.