S.TO.P. marca nova manifestação de professores para dia 25 em Lisboa - TVI

S.TO.P. marca nova manifestação de professores para dia 25 em Lisboa

  • Agência Lusa
  • AM
  • 17 fev 2023, 10:35
Novo dia de luta para os professores. Fenprof e STOP com ações de protesto em Lisboa (Lusa/JOSÉ SENA GOULÃO)

Protesto, marcado para 25 de fevereiro, vai começar no Palácio da Justiça e terminar em frente à Assembleia da República

Os profissionais de educação vão realizar uma nova manifestação nacional em Lisboa pela escola pública no dia 25 de fevereiro, anunciou esta sexta-feira o líder do S.TO.P., André Pestana.

Em declarações aos jornalistas, antes de entrar para a segunda reunião da quinta ronda negocial com o Governo, o líder do Sindicato de Todos os Profissionais de Educação revelou que as comissões de greve e as forças sindicais das escolas reunidas na quinta-feira decidiram realizar uma “nova marcha pela escola pública”.

O protesto, marcado para 25 de fevereiro, vai começar no Palácio da Justiça e terminar em frente à Assembleia da República, onde será feito um “enterro da escola pública de qualidade”.

André Pestana explicou que no Palácio da Justiça “vão pedir justiça para quem trabalha na escola pública” e depois os manifestantes vão passar pela residência oficial do primeiro- ministro, para “pressionar simbolicamente” António Costa, terminando o protesto em frente à Assembleia República.

A marcha, disse, é uma resposta à “continua intransigência por parte do Ministério da Educação às principais reivindicações dos docentes e não docentes e perante os ataques sucessivos à liberdade e do direito à greve”.

André Pestana lamentou ainda as declarações feitas na quinta-feira na TVI pelo primeiro-ministro, que disse não haver dinheiro para recuperar o tempo de serviço congelado aos professores, que é um dos principais motivos dos protestos e das greves iniciadas em dezembro do ano passado.

André Pestana lembrou que “os portugueses sabem que têm sido gastos milhões” para resolver problemas de corrupção, para ‘offshores’ ou para indemnizações milionárias.

“São mais de 22 milhões de euros para tapar os buracos dos banqueiros, são milhares de milhões de euros para as ruinosas parcerias público-privadas, são 13 mil milhões de euros que se perdem todos os anos em evasão fiscal”, enumerou o líder do Stop, defendendo que em vez de o dinheiro ser “colocado em corrupção e em ‘offshores’, deve ser canalizado para os serviços públicos”.

Sobre a reunião de hoje relativa a um novo modelo de seleção e colocação de professores, André Pestana voltou a dizer que com o “documento que está em cima da mesa não há condições”.

O documento apresentado pela tutela “não corresponde a nenhuma das reivindicações” dos profissionais da educação, disse o líder do Stop, acusando o Governo de “intransigência, apesar de dizer que está a negociar”.

Além da recuperação dos mais de seis anos de tempo de serviço congelado, o Stop pede um aumento de 120 euros a todos os profissionais para responder à inflação.

Hoje, realiza-se a segunda reunião da quinta ronda negocial que começou em setembro e já tem novas reuniões marcadas para a próxima semana.

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