“Ele alvejou-me!”: o grito de uma menina de 9 anos fatalmente ferida quando corria para os braços da mãe - TVI

“Ele alvejou-me!”: o grito de uma menina de 9 anos fatalmente ferida quando corria para os braços da mãe

  • CNN
  • Raja Razek e Steve Almasy
  • 1 mar 2023, 18:28
T'Yonna Major

ESTADOS UNIDOS. T'yonna Major, de nove anos, foi morta no decurso de uma série de disparos em Orlando, no Estado da Florida, EUA, a 22 de fevereiro.

Uma menina de 9 anos, que ficou fatalmente ferida quando um homem armado invadiu a casa da sua família na Flórida, nos Estados Unidos, disse à sua mãe: "Ele alvejou-me!". De acordo com a declaração de detenção emitida este terça-feira, a criança disse-o quando corria pedindo ajuda.

Segundo os investigadores, o suspeito, Keith Moses, é acusado de matar uma mulher na manhã de 22 de fevereiro - o que fez equipas de jornalistas acorrer ao local. Horas mais tarde, na vizinhança a oeste de Orlando, o homem disparou sobre T'Yonna Major e sobre a sua mãe, saindo da casa depois para disparar fatalmente contra um repórter e ferir outro jornalista, ainda de acordo com a declaração do mandado de captura.

O documento do tribunal diz que a mãe de T'Yonna estava a dormir uma sesta quando o agressor entrou no terraço das traseiras e depois na casa. Antes, a mãe tinha dito a T'Yonna que juntasse os seus “artigos de dança” para que pudesse estar pronta quando o seu pai chegasse a casa. A mãe não foi identificada pelos agentes da lei.

A mãe “disse que acordou com T'Yonna Major a gritar "ELE ALVEJOU-ME!”, enquanto corria para o seu quarto e saltava para a sua cama”, escreve o detetive Brian Savelli, do Gabinete do Xerife do Condado de Orange, no documento do tribunal.

Quando a mãe acordou, ouviu dois tiros e “sentiu que tinha sido alvejada no braço”, continua o documento. A mãe agarrou então a sua filha e barricou-se na casa de banho até chegarem os serviços de emergência.

Ambas foram levadas para um hospital, onde a criança morreu. O documento do tribunal diz que T'Yonna foi alvejada duas vezes no tronco.

Dois jornalistas do “Spectrum News 13” de Orlando, que estavam a cobrir o tiroteio inicial, foram alvo de tiros quando o agressor saiu de casa, diz o documento - ajustando uma linha do tempo dos incidentes anteriormente divulgados pelo gabinete do xerife.

Segundo a declaração juramentada, minutos após a chegada da equipa de reportagem, o jornalista Dylan Lyons foi alvejado enquanto estava no banco da frente do Ford Escape da equipa. Morreu num hospital menos de uma hora depois. Segundo a estação, uma filial da CNN, Lyons tinha 24 anos de idade.

Dylan Lyons. Fotografia Spectrum News 13

O fotojornalista Jesse Walden foi encontrado ferido perto da bagageira da carrinha. No rescaldo inicial, as autoridades tinham dito que os jornalistas tinham sido baleados antes da rapariga e da sua mãe.

Nathacha Augustin, 38 anos, foi morta no tiroteio inicial, cerca de cinco horas antes dos outros assassinatos. Ela foi encontrada à porta de um Hyundai que tinha sido conduzido por um primo de Moses, diz a declaração.

De acordo com uma declaração juramentada anterior, o primo disse que conduzia com a mulher no seu carro e tinha dado boleia a Moses. O suspeito entrou no lado de trás do passageiro e sentou-se atrás da mulher.

Menos de um minuto depois, o primo disse que “ouviu um estrondo”, diz a declaração j. O suspeito fugiu quando o motorista encostou para chamar o 911 [o equivalente ao 112 nos Estados Unidos], diz o documento do tribunal.

A nova declaração de detenção acrescenta que T'Yonna descreveu o seu assassino e que uma testemunha partilhou o vídeo de telemóvel do atirador.

Moses, de 19 anos, foi detido cerca de 20 minutos após os disparos na terceira cena, relata a linha do tempo na declaração juramentada. Os investigadores recuperaram uma pistola Glock de calibre .40 usada no tiroteio, segundo as autoridades.

Keith Melvin Moses. Gabinete do Xerife de Orange County/AP

Acusações adicionais

Moses alegou inicialmente estar inocente face a uma acusação de homicídio em primeiro grau. As autoridades acrescentaram na terça-feira duas acusações de homicídio em primeiro grau, duas acusações de tentativa de homicídio em primeiro grau e acusações de roubo. Moses estava agendado para comparecer em tribunal, mas o seu advogado renunciou ao seu direito devido a “comportamento”.

Num formulário chamado “Aconselhamento ao arguido, primeira comparência”, na linha para a assinatura de Moses constava "incapaz de assinar".

“Foi extremamente importante apresentar estas acusações", disse o Xerife John Mina numa conferência de imprensa na terça-feira. As autoridades não descobriram um motivo, diz a declaração.

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