Taça da Liga: Arouca-Sporting, 1-2 (crónica) - TVI

Taça da Liga: Arouca-Sporting, 1-2 (crónica)

Olha quem marca agora

Ele não marca. Ele não marca. E ele não marca.

O argumento parece ser sempre o mesmo. Quando é para atacar a confiança «cega» de Ruben Amorim em Paulinho, são sempre os golos que (não) marca que vêm à baila.

O treinador defende-se com «aquilo que o Paulinho dá à equipa».

E isso é fácil de perceber. Paulinho dá luta. Paulinho defende. Paulinho desposiciona-se para deixar caminho livre para os companheiros brilharem.

Então e marcar que golos, que é bom?

É começar por olhar para a Taça da Liga.

Primeiro, porque é por isso que aqui estamos. E depois porque o registo é impressionante.

O Sporting chega á primeira final do ano, numa prova em que Paulinho marcou oito golos em cinco jogos.

Não marca?

Nesta meia-final dura frente ao Arouca, marcou os dois golos do Sporting.

Mais: ele que é tantas vezes alvo das críticas de alguns adeptos, marcou quando a equipa parecia estar a viver os piores momentos no jogo.

Instantes após o VAR ter anulado o que seria um golaço da Antony que daria a vantagem aos arouquenses ao intervalo, lá apareceu Paulinho.

Com toda a gente ainda a pensar como raio se tinha transformado um golo do Arouca num livre perigoso a favor do Sporting; com muitos adeptos dos leões ainda a suspirarem de alívio; com toda a gente no Arouca em desespero.

Paulinho foi frio, marcou e apontou para a cabeça. Ele manteve-a no lugar e foi isso que lhe permitiu estar no lugar certo para empurrar para a baliza o passe de Pote.

Na segunda parte, à semelhança do resto da equipa, desapareceu. Pelo menos dos momentos ofensivos, que começaram a escassear.

O Sporting entregou a iniciativa de jogo ao adversário e deu-se mal. A equipa intranquilizou-se, voltou a cometer erros infantis e sofreu o golo do empate, por Dabbagh.

Pode mesmo dizer-se que se o Arouca tivesse passado para a frente, a surpresa não teria sido muito grande.

Mas lá voltou a aparecer Paulinho.

Há muito mérito no cruzamento de Nuno Santos (o melhor em campo!). Mas a forma como Paulinho ganhou as costas da defesa e se antecipou ao guarda-redes do Arouca é de ponta de lança.

Daqueles que marcam golos. Dos que valem títulos. Ou que pelo menos deixam a sua equipa a lutar por eles até ao fim.

Ele, afinal, marca. E o Sporting está pelo terceiro ano consecutivo na final da Taça da Liga.

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