O PSD considerou esta terça-feira que os dados sobre o desemprego no fim de 2008 «não são preocupantes» mas ainda não reflectem as falências e a quebra da riqueza já ocorridas e 2009 «será muito pior».
Num comentário aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), Hugo Velosa acrescentou à Lusa que «o futuro é efectivamente preocupante. Estes dados não reflectem ainda o evidente aumento de falências que começou no último trimestre de 2008 e a quebra do PIB, em que Portugal ficou no segundo pior lugar da zona euro, a seguir à Alemanha».
Efeito é «retardado»
Segundo o deputado e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, «naturalmente que em 2009 tudo isto será muito pior» e a situação será agravada pela «insuficiência das medidas tomadas pelo Governo». «O próprio ministro das Finanças disse que espera que o desemprego vá piorar. Não é um efeito imediato, é um efeito de alguma forma retardado e será pior em 2009».
Tendência de aumento é «irremediável»
«Se clima continuar depressivo...»
O deputado do CDS-PP, Pedro Mota Soares, destacou por seu turno uma «preocupante tendência de subida» do desemprego ao longo de 2008 e alertou que a descida relativamente a 2007 «não dá razões para grandes congratulações». «É uma tendência de subida que atinge partes da população como as mulheres e os jovens», assinalou o porta-voz do CDS-PP.
Dados põem em causa «política económica» do Governo
O Bloco de Esquerda disse que os 7,6 por cento da taxa de desemprego em 2008 confirmam o «início da recessão» e que os 440 mil desempregados em Portugal fazem questionar «as políticas económicas» do Governo.
Dicas para quem está desempregado
Desemprego: «É natural que aumente»
«Creio que este números confirmam, apesar do efeito Natal, um crescimento do desemprego a acompanhar o início da recessão em Portugal e sabendo que logo a seguir, em Janeiro e Fevereiro, se tem intensificado esse agravamento do desemprego», disse à Lusa o líder bloquista, Francisco Louçã.
Desemprego: 2009 «será muito pior»
- Redação
- JF
- 17 fev 2009, 14:28
PSD, CDS-PP e Bloco de Esquerda fala em «tendência de subida» e garante que o Executivo não tem razões para se congratular
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