Cantaram, dançaram e até causaram atividade sísmica: a digressão “The Eras Tour”, da cantora Taylor Swift, passou por Seattle, nos EUA, e dois concertos no estádio Lumen Field, nos dias 22 e 23, foram o suficiente para fazer tremer a terra. De acordo com a sismóloga Jackie Caplan-Auerbach, citada pela CNN Internacional, registou-se o equivalente a um terramoto de magnitude 2,3 na escala de Richter.
Os Swifties, como são conhecidos os fãs da cantora norte-americana, fizeram mesmo “Shake It Off” (“Abanar”, na tradução literal para português do célebre tema de Swift) e abanaram mesmo a terra. “Podíamos literalmente sentir o chão a tremer debaixo dos nossos pés”, contou Chloe Melas, jornalista da CNN Internacional.
A própria Taylor Swift sentiu a energia do concerto e usou as redes sociais para agradecer “todos os aplausos, gritos, saltos, danças e cantorias a plenos pulmões”.
Seattle that was genuinely one of my favorite weekends ever. Thank you for everything. All the cheering, screaming, jumping, dancing, singing at the top of your lungs. Got to play “No Body No Crime” (aka No body no Haim) live for the first time with my sisters @HAIMtheband!!!!… pic.twitter.com/vDkAM4O93y
— Taylor Swift (@taylorswift13) July 24, 2023
As duas noites de espetáculos, que deram origem ao fenómeno já conhecido como “Swift Quake” - terramoto Swift -, bateram o recorde que tinha sido alcançado pelos fãs da equipa de futebol americano Seattle Seahawks, em 2011. Após um touchdown, a celebração dos adeptos também fez a terra tremer e foi detetada pelo mesmo sismómetro local.
"O abalo foi duas vezes mais forte do que o 'Beast Quake'”, reforçou a também professora de geologia Jackie Caplan-Auerbach em declarações à CNN Internacional, explicando que a principal diferença entre os dois eventos é “a duração da agitação”. No jogo de futebol americano, os aplausos duraram apenas alguns segundos e acabaram por diminuir, enquanto num concerto o funcionamento é diferente: “Recolhi cerca de 10 horas de dados em que o ritmo controlava o comportamento. A música, os altifalantes, a batida. Toda essa energia pode atingir o solo e abaná-lo", explica.
O tremor de terra fez-se sentir nos dois espetáculos que a cantora deu em Seattle. “Se os sobrepuser um ao outro, são quase idênticos”, garante Jackie Caplan-Auerbach, comparando-os, enquanto esclarece que a pequena diferença se deve às reações às músicas surpresa e também a um atraso de meia hora no concerto do dia 23.
A digressão “The Eras Tour” passa pelo Estádio da Luz, em Lisboa, a 24 e 25 de maio do próximo ano.