A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla original) emitiu esta quinta-feira as primeiras conclusões sobre a vacina da AstraZeneca, aprovada para uso na União Europeia a 29 de janeiro, e que chegou a Portugal em fevereiro.
Desde cedo que a vacina, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, ficou envolta em dúvidas sobre a eficácia que tem na população com mais de 65 anos, dada a falta de testes realizados.
Vários países emitiram recomendações para que esta vacina não fosse administrada a essa população, e entre eles esteve Portugal.
Agora, a EMA emite uma diferente opinião, ainda que refira que os estudos levados a cabo não foram suficientes para uma total certeza acima dos 55 anos.
Contudo, é esperada a proteção, dada a resposta imunitária vista nessa faixa etária e com base na experiência das outras vacinas. Os especialistas da EMA consideram que a vacina pode ser usada nos adultos mais velhos. Esperamos mais informação de estudos, incluído uma maior proporção de participantes idosos", explica a autoridade.
Contudo, e numa fase ainda muito preliminar, a EMA reconhece que ainda não existem certezas sobre o impacto da vacina da AstraZeneca na contenção da transmissão do vírus. Tão pouco se sabe qual a duração da imunidade conferida pela vacina desenvolvida no Reino Unido, sendo que os especialistas vão monitorizar todas as pessoas vacinadas ao longo de um ano.
Sobre a eficácia nas crianças, a EMA reforça que não é recomendada a vacina da AstraZeneca para esta população, acrescentando que foi acordado um plano que prevê a condução de ensaios clínicos com crianças no futuro.
A vacina da AstraZeneca tem a vantagem de ser a mais barata, e ficou envolvida em grande polémica na União Europeia, depois de a farmacêutica ter revisto as doses previstas para entrega.