Dona do Meo propõe aumentos salariais até 3,5%. Salário mínimo na Altice será de 830 euros - TVI

Dona do Meo propõe aumentos salariais até 3,5%. Salário mínimo na Altice será de 830 euros

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  • Ana Marcela
  • 16 fev 2023, 10:28
Altice

A operadora propõe ainda garantir "um número mínimo de 300 movimentos de evolução profissional" até ao final de 2023

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A Altice Portugal propôs aumentos salariais entre 2% e 3,5%, de acordo com faixas salariais, no âmbito das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), fixando o salário mínimo da empresa dona do Meo nos 830 euros, adiantou Jorge Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Altice Portugal (STPT), à ECO Pessoas. A empresa “não comenta processos de negociação.” A avançar, esta proposta abrange 6.500 trabalhadores.

“A Altice Portugal e as estruturas sindicais, que representam os trabalhadores da Altice Portugal, encontram-se a trabalhar, em conjunto, na revisão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Neste sentido, no atual momento, a empresa não comenta processos de negociação”, reagiu fonte oficial da dona do Meo à ECO Pessoas.

As negociações com os sindicatos, que decorrem desde o início do ano, acabaram no final da semana passada, tendo a companhia apresentado uma “proposta final” com os valores de atualização de salários e outros benefícios sociais, adianta Jorge Félix.

O que propõe a empresa?

A proposta, com efeitos a partir de janeiro de 2023, propõe um aumento de 3,5% nos vencimentos até 1.299 euros, de 2,3% nos vencimentos entre 1.300 e 2.299 euros e de 2% para salários iguais ou superiores a 2.300 euros. O salário mínimo na companhia fixa-se nos 830 euros.

A proposta da companhia passa igualmente pela atualização do subsídio de alimentação – de 8,25 para 8,32 euros – bem como de subsídios de turno ou nos prémios de reforma e aposentação.

Apesar de ficar aquém das expectativas do STPT – que propunha um aumento global de rendimentos na ordem dos 10% –, o sindicato, que representa cerca de 1.200 trabalhadores no ativo, vai subscrever o acordo.

“Na medida em que não há perda dos direitos e garantias, para minimizar o impacto da inflação, decidimos subscrever a proposta”, justifica Jorge Félix.

O Sindicato tinha proposto que a atualização salarial tivesse em conta a evolução da inflação, mas também a partilha com os trabalhadores de parte do crescimento dos resultados operacionais da operadora. “A empresa considerou que não era este o momento para avançar com este modelo, mas no protocolo admite discutir essa possibilidade em futuras negociações de revisão salarial”, destaca o responsável do STPT.

Mais, refere ainda, a dona do Meo compromete-se ainda a discutir o tema do teletrabalho, face às alterações introduzidas no Código de Trabalho.

A operadora propõe ainda garantir “um número mínimo de 300 movimentos de evolução profissional” até ao final do ano, das quais 100 para trabalhadores com três ou mais anos sem evolução profissional, com “um aumento mínimo de 5% do vencimento base”.

No início do ano, de forma a mitigar o impacto da inflação dos rendimentos dos trabalhadores, a companhia avançou com um bónus até 750 euros.

A operadora, à semelhança do que ocorreu com as concorrentes NOS e Vodafone, avançou igualmente com uma atualização dos tarifários à taxa de inflação, na ordem dos 7,8%.

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