Timor: violência em Díli causa um morto - TVI

Timor: violência em Díli causa um morto

  • Portugal Diário
  • 15 jan 2007, 09:16

Jovem morreu durante confrontos entre grupos de artes-marciais rivais

A polícia das Nações Unidas em Timor-Leste anunciou esta segunda-feira que está a investigar a morte de um jovem timorense cujo corpo foi encontrado domingo numa estrada do bairro de Comoro, zona ocidental da capital.

O jovem, cuja identidade não foi revelada, morreu durante confrontos entre grupos de artes-marciais rivais e é a primeira vítima de violência em Díli desde o início do ano.

Na sequência de um alerta, a polícia recolheu o corpo no local conhecido por Banana Road, em Comoro, de onde foi transportado ao hospital para ser autopsiado, segundo a comissária da UNPOL Mónica Rodrigues. Comoro é uma das áreas de confrontos de rua mais frequentes na capital timorense.

A violência entre grupos rivais, que desde Maio marca o quotidiano da capital, tem diminuído nas últimas semanas. A polícia, no entanto, registou diferentes incidentes em Díli no último fim-de-semana.

Sábado à tarde, cerca de trezentas pessoas envolveram-se em confrontos no bairro de Ailok Laran, no limite sul da capital, obrigando à intervenção da polícia. O incidente aconteceu na sequência de uma cerimónia de reconciliação entre duas comunidades.

A UNPOL efectuou uma detenção por comportamento violento e posse de arma ofensiva. Um funcionário estrangeiro de uma organização não-governamental foi atacado em Bidau Santana, tendo recebido tratamento no Hospital Nacional de Díli.

Por último, um veículo policial foi atingido por pedras na madrugada de domingo, junto à embaixada da Austrália.

Fora da capital, onde a situação de segurança se tem mantido estável, a UNPOL anunciou domingo a detenção do quinto suspeito no caso de três mulheres da mesma família mortas no início de Janeiro em Maubara, Liquiçá, 40 quilómetros a oeste de Díli.

O crime está a ser pesquisado por uma equipa de investigação criminal d a ONU, não havendo ainda informações disponíveis sobre o móbil do crime.

As autoridades policiais timorenses locais disseram que as três mulheres da mesma família, de 70, 50 e 25 anos, foram mortas e queimadas por populares que as acusaram de ser bruxas.
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