Um soldado da República Democrática do Congo disparou sobre familiares e outras pessoas, por terem enterrado o filho antes que chegasse a casa e pudesse assistir à cerimónia, matando 13 pessoas. Entre as vítimas estão 10 crianças, revelaram as autoridades locais.
Durante o ataque, que ocorreu na aldeia de Nyakova, o homem matou a mulher, dois filhos e os sogros. Depois, disparou sobre outros civis, apontou o tenente Jules Ngongo, porta-voz do exército na província de Ituri. "O soldado abriu fogo sobre todos os que o rodeavam", disse.
"O soldado não gostou que o seu filho fosse enterrado sem a sua aprovação e durante a sua ausência", explicou o chefe da aldeia, Baraka Muguwa Oscar, citado pela AP.
O homem, que estava colocado noutra aldeia, viajou para casa, para se juntar aos familiares e outros membros da comunidade para o funeral do filho. No entanto, a cerimónia já tinha ocorrido.
O soldado, que não foi identificado, faz parte das Forças Armadas da República Democrática do Congo, que estão agora a tentar capturá-lo, uma vez que fugiu do local.
"Não importa o momento ou circunstâncias, não se pode tirar a vida a uma pessoa", apontou Jules Ngongo, acrescentando: "Este é um ato de indisciplina que será julgado pelos tribunais."