Mais de uma década depois, uma batata-doce foi o principal ingrediente para desvendar a morte de Todd Lampley - TVI

Mais de uma década depois, uma batata-doce foi o principal ingrediente para desvendar a morte de Todd Lampley

  • 2 mar 2023, 12:39
Devarus Hampton (foto: WCVB)

Devarus Hampton terá usado a batata como forma de abafar o som dos tiros disparados contra a vítima

Foi a 27 de fevereiro de 2011 que Todd Lampley, de 31 anos, foi encontrado morto num quarto de uma casa em Hyannis, no estado de Massachusetts, EUA. Mais de uma década depois, a polícia conseguiu reunir provas e deter um suspeito. Tudo graças a uma amostra de ADN numa batata-doce.

Devarus Hampton, de 40 anos, enfrenta agora acusações de homicídio e assalto com uma arma perigosa.

Na noite do crime, a polícia recebeu uma chamada de emergência para um possível tiroteio. Quando chegaram ao local já Todd Lampley estava deitado no chão, inconsciente e a sagrar, acabando por ser dado como morto no local pelas autoridades.

Quando a equipa iniciou o processo de investigação na casa, encontrou um telemóvel que continha o nome Mario Stanfield, que remetia para o cabecilha de um cartel de droga de Baltimore, da série de ficção "The Wire" da HBO.

A certo ponto, outros pormenores começaram a relacionar-se e a ser comparados à série. Também no local, a polícia encontrou cartuchos de bala e uma batata-doce no lado de fora da janela do quarto. Num outro caso, talvez se pudesse ter ignorado o tubérculo, mas não nesta situação.  Na temporada 4 de "The Wire", a polícia resolve um crime onde o culpado também recorreu a uma batata-doce como forma de abafar o barulho ao disparar contra a sua vítima. 

Mas se inicialmente as comparações se mostravam pouco credíveis e nada estava claro, em 2016, a polícia conseguiu uma prova mais concreta ao recolher uma amostra do ADN de Hampton, sem o seu conhecimento, depois do suspeito cuspir para o chão na rua. A partir daí, os detetives procederam a testes que mostraram que o ADN da saliva e da batata-doce correspondiam. 

Antes disto, já existiam outros indícios que apontavam para Hampton como principal suspeito. Além de se saber que Todd e Hampton se conheciam, uma vez que Hampton testemunhou num caso de uma morte em que Todd esteve envolvido, segundo os detetives responsáveis pelo caso, Hampton, que naquela altura tinha uma pulseira eletrónica que motorizava a sua localização, andou em torno da casa na noite do crime.

Outro indício que contribuiu para a acusação foi as várias chamadas trocadas entre o suspeito e outro homem que estava dentro da casa com a vítima, incluindo minutos antes e minutos depois da morte.

Hampton foi, finalmente, acusado esta segunda-feira no Tribunal do Condado de Barnstable. Declarou-se inocente. 

Continue a ler esta notícia