Presidente do Vitória explica vendas de Mangas, Jota e alerta para mais saídas - TVI

Presidente do Vitória explica vendas de Mangas, Jota e alerta para mais saídas

Jota Silva e António Miguel Cardoso (V. Guimarães)

Segundo António Miguel Cardoso, o Vitória de Guimarães terá de vender em janeiro

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O presidente do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso (termina mandato em março do próximo ano), fez esta terça-feira um balanço do mercado de transferências do clube vimaranense, numa entrevista concedida ao jornal Desportivo de Guimarães.

Cardoso admitiu que gostaria de ter recebido mais por Ricardo Mangas, o último elemento a ser vendido, prestes a ser oficializado como reforço do Spartak Moscovo nos próximos dias, numa transferência de 2 milhões de euros, mais 500 mil em objetivos.

«Se me perguntarem se eu gostava de ter vendido o Ricardo Mangas por quatro ou cinco milhões, acho que isso é óbvio, mas esta foi efetivamente a melhor proposta. O jogador queria ir e temos que estar abertos e disponíveis para perceber quando é que é o melhor momento de fazer as coisas. Agora, se em termos desportivos estou muito preocupado, vou dizer que não. Na ótica da gestão e na ótica da valorização do ativo, neste momento o Ricardo Mangas nem sequer estava a jogar na sua posição natural», explicou António Miguel Cardoso.

E acrescentou: «Grande atleta, grande desportista, um grande homem, mas não acredito que o Ricardo Mangas, se estivesse cá a época toda, sairia daqui a um ano por um valor superior. Com a saída do Mangas, valorizamos automaticamente os laterais da equipa», na opinião do presidente do Vitória. 

Jota Silva deu um valor mais elevado à SAD vitoriana. Foi vendido ao Nottingham Forest por sete milhões de euros, mais cinco em objetivos. Na entrevista, o presidente confirmou negociações com o Casa Pia sobre os direitos do atleta.

«Inicialmente eram 50% [na posse do Vitória] e nós tínhamos a opção de comprar mais 20%. Acabámos por fazer à volta de 25% na altura de fechar o negócio. Não foi fácil convencer o Casa Pia e é óbvio que é uma operação de sucesso. Eles foram sensíveis porque também é uma excelente operação para o Casa Pia», explicou o presidente do Vitória, assumindo que em janeiro o clube vai ter de vender mais ativos.

«É evidente. Se um clube tem uma despesa à volta de 25, 26, 27 milhões por ano, com o passivo que tem para trás, com a necessidade que tem de, todos os meses, cumprir com o que está para trás e com o que é corrente, que não tem direitos televisivos, tem de vender jogadores», admitiu. 

«As pessoas que criticam deviam candidatar-se e estar aqui para tomar decisões. Muitas vezes é fácil estarmos num computador e dizermos o que temos a dizer, mas depois quando é preciso tomar as decisões é mais difícil. Faz parte daquilo que é a paixão do adepto. Uns dias fala-se bem, outros dias fala-se mal. Uns dias temos uma administração que é bestial, passados poucos segundos temos um presidente que é uma besta», acrescentou ainda, sobre as críticas de que tem sido alvo quanto ao mercado.

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