O Supremo Tribunal de Londres decidiu que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, tem o direito de recorrer da sentença de extradição para os Estados Unidos.
A equipa jurídica de Assange argumentou que os juízes Victoria Sharp e Jeremy Johnson não deviam aceitar as garantias dadas pelos procuradores norte-americanos de que o fundador do WikiLeaks poderia invocar os direitos e as proteções previstos na primeira emenda dos EUA.
Assange é procurado pelas autoridades americanas por acusações de espionagem relacionadas com a publicação em 2010 e 2011 de milhares de documentos confidenciais e telegramas diplomáticos. Se for condenado, pode passar o resto da vida na prisão.
Em março, o tribunal adiou a decisão sobre a extradição, uma vez que os juízes tentaram conseguir uma série de contrapartidas, incluindo a de que os EUA não iriam pedir a pena de morte para o cidadão australiano de 52 anos.
Há 12 anos que o australiano não vive em liberdade.
Assange passou os últimos cinco anos na prisão de alta segurança de Belmarsh, em Londres, e cerca de sete anos antes disso escondido na embaixada do Equador na capital inglesa, na tentativa de evitar ser preso. Assange afirma que a sua extradição tem motivações políticas.