José Mourinho falou esta terça-feira ao canal turco «HT Sports» e confessou o que lhe fez aceitar o desafio de treinar o Fenerbahçe.
O técnico português garante que teve outras ofertas em cima da mesa, mas a motivação de orientar um clube noutro contexto e noutro país, fez com que a decisão passasse por rumar à Turquia.
«Fenerbahçe? Havia outras ofertas mas acho que o clube é que me escolheu. Fiquei motivado porque era um país novo, não era a Liga Inglesa outra vez, não era a Liga Italiana outra vez, não era a Liga outra vez. Em Inglaterra, por exemplo, os adeptos importam-se com o futebol durante 90 minutos e depois só pensam nas suas vidas. Aqui eu não consigo andar 10 metros, mas adoto a pressão e a forma como as pessoas vivem o futebol», admitiu o técnico.
Quanto ao passado, José Mourinho confessa que nunca foi uma pessoa «politicamente correta» e sempre teve a capacidade de se adaptar aos mais diversos contextos que encontrou, neste caso, enquanto treinador de futebol.
«Não gosto de ser politicamente correto, gosto de ser eu mesmo e dizer o que considero certo. Posso estar errado, mas vou sempre dizer o que penso. Nunca disse que era uma pessoa especial, disse sim que era alguém especial, há uma diferença. Podia perder todos os jogos da minha carreira, porque eu não estou em campo a jogar, não defendo os remates do adversário, acho que os jogadores, sim, precisam de apoio», acrescentou.
«Se acreditasse em tudo o que ouço, fazia as malas e fugia daqui. Ouvi que um dos candidatos ao título é "amigo" de alguns árbitros. Este é o meu habitat natural, saí de Portugal há 20 anos e trabalhei em quatro países diferentes. Sempre tive a capacidade de aprender rapidamente, de me adaptar e ganhar troféus», referiu ainda José Mourinho.