No gabinete de Medina, a Polícia Judiciária foi encontrar, em junho de 2018, emails com relevância para um processo já em curso por suspeitas de ligações de favor ao Benfica. Em causa, um caso também de 2018 em que o atual ministro das Finanças é investigado por crimes de corrupção e prevaricação.
Nesse processo surge também Sérgio Azevedo, então deputado do PSD com assento na Assembleia Municipal de Lisboa, por alegadamente ter servido de ‘toupeira’, a pedido do comentador de futebol Pedro Guerra, afeto ao Benfica, para obter informações junto da autarquia sobre um processo que isentava o clube de taxas de milhões de euros.
Diz sobre isso o Ministério Público que “investigam-se factos relacionados com a disponibilização por parte de Sérgio Azevedo – deputado municipal da AML – de documento confidencial a que teve acesso por via de tais funções e relacionada com processo de isenção de taxas pendentes na autarquia e envolvendo o SLB, a Pedro Guerra, relacionado com o clube...”
Medina terá recebido pelo menos 21 emails sobre o tema, que a procuradora considera “...de grande interesse para o estabelecimento das ligações entre os suspeitos (...) para a descoberta da verdade e para a prova...”
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