A empresa Universal Music Group (UMG), uma das maiores editoras discográficas do mundo, disse que vai retirar esta quarta-feira as suas composições da rede social TikTok, devido a desacordos sobre um novo contrato com a firma chinesa.
O gigante da indústria musical anunciou estar pronto a retirar o acesso às canções dos seus artistas - incluindo superestrelas como Taylor Swift, The Weeknd, Bad Bunny e Rosalia - da plataforma à meia-noite de hoje, altura em que expira o atual contrato com a TikTok, de acordo com um comunicado.
A Universal acusou a empresa tecnológica chinesa, sediada em Xangai, de utilizar táticas de intimidação para a forçar a aceitar um contrato "menos justo e menos valioso" do que o atual, a terminar esta quarta-feira.
Na carta, a UMG explicou que a TikTok propôs, nas negociações do novo contrato, pagar aos artistas muito menos por reproduções e utilização das canções do que as outras plataformas de redes sociais oferecem.
Ao mesmo tempo, a UMG afirmou que a rede social recusou tomar medidas suficientes para proteger os artistas "da proliferação" de conteúdos gerados por inteligência artificial e da violação de direitos de autor.
"A TikTok está a tentar construir um negócio baseado na música, sem pagar o valor justo pela música", refere a mesma nota.
As principais editoras discográficas recebem direitos das plataformas de 'streaming' e das redes sociais.
Por seu lado, a TikTok afirmou ser "triste e dececionante que a Universal Music Group tenha colocado a sua própria ganância à frente dos interesses dos seus artistas", indicou em comunicado.
Ao descrever as declarações da Universal como "falsas", a TikTok afirmou que a editora discográfica tinha "optado por se afastar do poderoso apoio de uma plataforma que tem mais de mil milhões de utilizadores e que serve de veículo gratuito para a promoção e descoberta do seu talento".
Propriedade da empresa chinesa ByteDance, a TikTok é uma das redes sociais mais populares do mundo, com mais de mil milhões de utilizadores.
Apesar disso, a TikTok representa apenas cerca de 1% do volume de negócios total da Universal, indicou a UMG.