Assédio moral e sexual na Universidade de Coimbra. Relatos publicados por três investigadoras num livro estão a ser investigados - TVI

Assédio moral e sexual na Universidade de Coimbra. Relatos publicados por três investigadoras num livro estão a ser investigados

  • CNN Portugal
  • PF
  • 11 abr 2023, 16:38
Universidade de Coimbra

Três investigadoras escreveram, num livro sobre conduta sexual imprópria no meio académico, as experiências pelas quais passaram neste instituto da Universidade de Coimbra

O Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra abriu uma investigação após três investigadoras que passaram pelo instituto terem relatado, em texto, as suas experiências de assédio sexual e moral na instituição universitária.

No livro “Sexual Misconduct in Academia” (em português, "Más condutas sexuais na Academia"), Catarina Laranjeiro, Lieselotte Viaene e Miye Nadya Tom escrevem, no capítulo “The walls spoke when no one else would” ("As paredes falaram quando mais ninguém o fez", numa tradução livre), as experiências porque passaram na instituição, sem nunca referir, contudo, nomes de pessoas ou o Centro de Estudos Sociais. No entanto, pelas ligações evidentes, a direção e a presidência do conselho científico do organismo decidiram abrir uma investigação a estes relatos.

“Estando o CES comprometido com o tratamento diligente deste tipo de ocorrências, decidiu averiguar a fundamentação das alegações produzidas no capítulo supramencionado. Nesta medida, o CES irá constituir num curto prazo uma comissão independente à qual caberá a identificação de eventuais falhas institucionais e a averiguação da ocorrência das eventuais condutas antiéticas referidas naquele capítulo”, pode ler-se no comunicado emitido.

A comissão independente, diz o comunicado, será constituída pela provedora do Centro de Estudos Sociais e por dois elementos externos.

“A Direção e a Presidência do Conselho Científico reiteram o seu compromisso com a promoção da política institucional necessária para que o CES seja um espaço efetivamente livre de quaisquer formas de abuso ou assédio, e para a prossecução inequívoca dos princípios orientadores da ação do Centro”, conclui a nota.

De acordo com o Observador, as três investigadoras acordaram em não falar nem dar qualquer entrevista sobre o tema.

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