Um bebé de dois anos e um recém-nascido de duas semanas que estavam entre os desaparecidos do incêndio num edifício residencial de 14 andares no bairro de Campanar, em Valência, foram confirmados mortos, bem como os pais, avança o El País, que cita as autoridades policiais.
Esta manhã, as autoridades espanholas informaram que estavam desaparecidas entre nove e 15 pessoas.
Segundo a autarca María José Catalá, que falou aos jornalistas no Posto de Comando Avançado situado junto ao edifício sinistrado, o incêndio fez ainda 15 feridos - sete deles bombeiros -, sendo que nenhum corre perigo. Entre os feridos há nove homens, com idades entre os 25 e os 57; quatro mulheres, entre os 27 e os 81 anos; e há ainda uma criança de sete anos.
Os bombeiros tiveram de aguardar várias horas para conseguir entrar no edifício que foi destruído pelas chamas em apenas 30 minutos.
"Estamos a sobrevoar com drones e gruas e a assegurar a estabilidade [do edifício] para ver em que momento se pode aceder. Valência vive um momento muito triste", lamentou Catalá ainda durante a manhã.
(08:40 h) #IncendioCampanar: La alcaldesa de Valencia @mjosecatala y el presidente @generalitat, @carlos_mazon_ informan de la ÚLTIMA HORA:
➡️Se confirman 4 personas fallecidas no identificadas
➡️Entre 9 y 15 personas no localizadas según datos vecinales obtenidos por policía…
— Emergències 112CV (@GVA112) February 23, 2024
A deputada Pilar Bernabé revelou, citada pelo El País, que há residentes do edifício que são estrangeiros e que será mais difícil dar conta do seu paradeiro.
As autoridades decretaram ainda três dias de luto na Comunidade Valenciana.
Em apenas 30 minutos, o incêndio consumiu toda a infraestrutura - um prédio de 138 apartamentos, onde vivem cerca de 450 pessoas, segundo declarações ao El País feitas pela autarquia local.
As vítimas mortais foram já identificadas e foram também instalados dois pontos de assistência: um para atender os familiares dos desaparecidos e outro para ajudar as pessoas que perderam as casas no incêndio.
Testemunhas no local ouvidas pelos meios de comunicação e vídeos divulgados nas redes sociais apontaram que o incêndio começou no 7.º andar, num momento de vento forte em Valência, e alastrou-se a todo o prédio em menos de meia hora, aparentemente, pela fachada, de onde saltaram placas metálicas por trás das quais parecia haver um material rapidamente inflamável.
Segundo vários relatos de moradores e proprietários, o edifício foi construído entre 2005 e 2008.
De acordo ainda com as autoridades, 36 residentes do edifício afetado passaram a noite num hotel.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, escreveu na rede social X (antigo Twitter), estar "consternado com o terrível incêndio" em Valência e disse estar em contacto com o governo regional para avaliar a necessidade de mais meios. Hoje deve deslocar-se a Valência para se se informar de "pormenores do incêndio" disseram à EFE fontes do executivo.
Consternado ante el terrible incendio en un edificio de Valencia.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) February 22, 2024
Acabo de hablar con el presidente @carlos_mazon_ y la alcaldesa @mjosecatala para conocer de primera mano la situación y ofrecer toda la ayuda que sea necesaria.
Quiero trasladar mi solidaridad a todas las…