O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, instou na quarta-feira os seus simpatizantes a «aprofundarem e radicalizarem a revolução socialista» no país, ao mesmo tempo que prometeu «dar máximo pela felicidade do povo», noticia a Lusa.
Hugo Chávez falava no palácio presidencial de Miraflores, numa alocução transmitida simultânea e obrigatoriamente pelas rádios e televisões do país, destinada a «recordar» os acontecimentos de Abril de 2002, altura em que foi afastado temporariamente do poder.
«Chamo os venezuelanos a radicalizar a nossa revolução, e não há que ter medo das palavras, porque elas orientam. Eu disse radicalizar, ir-nos distanciando dessas posições de que a política é a arte do possível, de um chavismo light. Os que não queiram este caminho, têm plena liberdade para procurarem outros roteiros», disse.
«Sempre fui franco e claro. Nunca tive cartas na manga. Radicalização revolucionária, socialismo verdadeiro, revolução anti-imperialista. Esse é o caminho, o único caminho que nos permitirá conseguir os objectivos», prosseguiu.
Durante a sua alocução, sublinhou que «a história está em marcha de novo» e definiu a data de 11 de Abril de 2002 (afastamento temporário do poder) como «dia da agressão imperialista [norte-americana], de mártires, dor, lágrimas e sangue. Dia de morte, mas morte preparando a ressurreição» (regresso ao poder).
Fez referência a que os EUA têm um «manual perfeito de golpe de Estado» com 15 linhas a seguir, que prevê a criação de situações de instabilidade política em países da América Latina, com um formato que aplicaram à Venezuela, «só que tiveram uma grande surpresa».
«Naqueles dias [11, 12 e 13 de Abril de 2002], demos uma lição inesquecível ao império norte-americano, às elites que dominaram o país durante décadas, e que nunca aceitaram a decisão das maiorias populares de trazer-me aqui, limpamente e em democracia».
Chávez quer «radicalizar a revolução socialista»
- Portugal Diário
- 12 abr 2007, 11:09
Presidente da Venezuela aludiu a possíveis conspirações dos EUA
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