Banco de Portugal aprova fusão do BPI com o BCP

O «Diário Económico» sabe que o regulador do sistema financeiro português não se vai opor a esta operação, até porque, se o BPI tiver sucesso, o resultado da fusão entre os dois bancos não será muito diferente do que teria sido se a OPA que o BCP lançou há um ano e meio tivesse sido bem sucedida.

De resto, o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, já disse publicamente que, tendo estudado a ofensiva lançada pelo BCP sobre o BPI e não tendo encontrado nenhum problema relevante, ao nível concorrência ou da solidez do sistema financeiro, será muito rápido a deliberar. Um dado que sustenta a não oposição do Banco de Portugal a uma eventual fusão entre o BCP e o BPI.

Por outro lado, segundo explicou uma fonte contactada pelo «Diário Económico», o Banco de Portugal considera ainda que pode existir, nesta proposta do BPI, uma oportunidade para assegurar que o BCP continuará liderado por um núcleo accionista nacional. A alternativa a esta proposta do BPI pode sempre passar pelo lançamento de uma OPA liderada por um banco estrangeiro e, nesse caso, o Banco de Portugal tem dúvidas de que exista no país capital suficiente para montar uma operação concorrente, capaz de garantir que o centro de decisão nacional do BCP se mantenha em Portugal. Por outro lado, a fusão poderia devolver a tão desejada estabilidade ao BCP, que atravessa um momento de grave crise interna.