Estas empresas querem mudar o nosso futuro e vão estar na Web Summit - TVI

Estas empresas querem mudar o nosso futuro e vão estar na Web Summit

Web Summit (foto: Mário Cruz/Lusa)

Da inteligência artificial à saúde, passando pela área financeira, pelo gaming e pela luta contra as alterações climáticas, a CNN Portugal mostra-lhe algumas empresas que vão estar presentes no evento e às quais deve estar atento

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É um dos maiores eventos de tecnologia e empreendedorismo do mundo e, já a partir desta terça-feira, milhares de startups, empresas, investidores e oradores vão estar presentes nesta edição da Web Summit, em Lisboa, para ver como as ideias e os investimentos de hoje podem moldar o amanhã.

Ao todo, esperam-se mais de 70 mil participantes de mais de 160 países, que vão estar presentes na “maior edição de sempre”, segundo a organização.

Da inteligência artificial à saúde, passando pela área financeira, pelo gaming e pela luta contra as alterações climáticas, a CNN Portugal mostra-lhe algumas empresas que vão estar presentes no evento e às quais deve estar atento.  

Gameto

Quer reduzir “o fardo da fertilidade e da menopausa”, permitindo às mulheres de todo o mundo que “vivam vidas mais longas, felizes e saudáveis”. É essa a missão da Gameto, empresa fundada por Dina Radenkovic, médica e investigadora em bioinformática, que utiliza a engenharia de células para desenvolver terapias para o sistema reprodutivo feminino.

A maioria dos problemas do sistema reprodutivo da mulher têm opções reduzidas de tratamento e, por vezes, causam complicações de saúde. Por isso, a Gameto quer usar avanços científicos de ponta para oferecer melhores soluções aos pacientes, desenvolvendo tratamentos para curar doenças.

“Queremos resolver o problema do envelhecimento ovariano acelerado e permitir que as pessoas vivam vidas mais longas, mais felizes e saudáveis, reduzindo o fardo da fertilidade e da menopausa e comprimindo o número de anos passados com problemas de saúde e aumentando a vida saudável”, escreve Radenkovic na sua página pessoal.

Defined AI

É liderada pela portuguesa Daniela Braga e não é a primeira vez que está presente neste evento. A Defined AI, fundada em 2015, em Seatle, nos Estados Unidos, é uma empresa que vende e desenvolve inteligência artificial (IA) e criou uma plataforma que pretende ser o principal mercado onde os profissionais da área compram ou vendem dados, ferramentas ou modelos de treino de IA.

Todos os profissionais que trabalhem com IA têm na Defined AI um produto por subscrição que lhes permite adquirir as ferramentas necessárias para desenvolver a sua área. Dos veículos autómatos, ao machine learning, o número de áreas que podem ser afetadas por esta tecnologia é cada vez maior.

Esta é uma das áreas tecnológicas “mais quentes”, apesar de ser considerado um investimento a longo prazo. Isso não quer dizer que o mundo dos negócios não esteja a olhar para esta área com extrema atenção no presente. Apenas nos Estados Unidos da América, o investimento privado em 2021 superou os 94 mil milhões de dólares, muito acima dos 67 mil milhões de 2020. A tendência é para que este valor continue a aumentar.  

The Sandbox

Um dos seus principais concorrentes é o gigante Meta, de Mark Zuckerberg, mas isso não assusta Sebastien Borget. Apesar da popularidade em torno do metaverso ter caído a pique nos últimos meses, o The Sandbox continua a desenvolver um universo alternativo, onde os jogadores podem cronstruir, deter e monetizar as suas experiências com tokens não-fungíveis (NFT), dentro da blockchain do Ethereum.

O metaverso é um mundo digital, onde os utilizadores têm o seu próprio avatar e podem viver as experiências que entenderem. Podem jogar jogos dentro do jogo, ir a concertos, a exposições, à praia, socializar, comprar roupa ou música, entre outras coisas.

Mas o que distingue este conceito dos restantes jogos é o facto de se tratar de um passo na direção do conceito de propriedade digital e da Web3, com tudo o que o utilizador fizer a pertencer diretamente a ele, com os protocolos de NFTs. Para comprar coisas na plataforma, os jogadores compram e usam Sand, a moeda digital subjacente à plataforma Sandbox. Aqui, ao contrário do seu grande concorrente, não é necessário utilizar óculos especiais para participar.

XX Network

É creditado como o inventor do dinheiro digital. David Lee Chaum vai participar nesta edição da Web Summit para explicar o conceito por detrás da XX Coin e da XX Network, uma blockchain do futuro, com um protocolo capaz de nos proteger contra ataques de computação quântica.

O objetivo da sua rede, defende Chaum, é a criação de uma plataforma livre de espionagem, sem publicidades e rastreios, permitindo comunicar ou fazer transações de forma privada sem colocar em risco a nossa pegada digital.

Muitos especialistas em cibersegurança alertam que, num futuro próximo, as incríveis capacidades dos computadores quânticos possam ser colocadas à prova contra a segurança dos sistemas de várias empresas. Nesse sentido, o pioneiro da criptografia compromete-se a criar uma rede que forneça a criptografia necessária para este problema de um futuro que está cada vez mais próximo.

Mas Chaum não pretende ficar por aqui. Lançou também a XX Mensenger, uma aplicação de mensagens que encripta as mensagens dos utilizadores, através de uma complexa rede descentralizada.

Infogrid

Para muitos dos participantes da Web Summit, a tecnologia é a solução para muitos dos problemas que a humanidade atravessa e esta lista não estaria completa se não existisse alguém que se proponha a tornar o ambiente mais eficiente e mais inteligente através do uso da tecnologia. É essa a missão da Infogrid, uma startup britânica, que quer mudar a forma como nós nos organizamos para tornar o mundo mais sustentável.

Fundada por Will Cowell de Gruchy, esta empresa tem aspirações grandes. Passamos 90% do nosso tempo no interior de edifícios – que são responsáveis por 39% das emissões de carbono mundiais -e, nesse sentido, a Infogrid utiliza a inteligência artificial para tornar os espaços onde habitamos e trabalhamos mais eficientes e, como consequência, mais sustentáveis.

“Os sensores são pequenos, discretos e de baixo custo. A implementação leva minutos”, explica a empresa no seu site.

A plataforma criada pela empresa de Gruchy permite tornar um prédio numa construção inteligente, capaz de fornecer informação à plataforma criada pela empresa, que permite otimizar os espaços onde habitamos e trabalhamos. Além disso, a aplicação analisa automaticamente os dados obtidos, em tempo real, permitindo aumentos significativos de eficiência energética e contribuindo dessa forma para o combate à crise climática.

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