Mais centrais de biomassa para combater fogos - TVI

Mais centrais de biomassa para combater fogos

Incêndios na Califórnia

Aproveitamento da biomassa florestal nas comunidades poderá ajudar a evitar incêndios, defende investigador

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O investigador Xavier Viegas defendeu esta sexta-feira a construção de pequenas centrais de aproveitamento da biomassa florestal nas comunidades, prevendo assim motivar os produtores para a prevenção dos incêndios.

«É preconizável que haja centrais de menor dimensão e em maior número» no território nacional, declarou à agência Lusa o professor da Universidade de Coimbra, especialista em incêndios florestais, ao considerar que as unidades de dimensão industrial a funcionar em Portugal «têm vários problemas».

«Além de terem vários problemas de natureza técnica para aproveitarem propriamente aquilo que interessa que seja retirado das florestas - matos, resíduos... - o problema que elas têm é o do transporte para a própria central», disse.

Para Domingos Xavier Viegas, as grandes centrais de biomassa, como a de Mortágua, «têm raios de acção relativamente pequenos», ficando geralmente de fora os produtores que vivam a 30 quilómetros ou mais.

As centrais de base comunitária podem produzir energia, assegurar «o aquecimento centralizado de uma vila ou aldeia» ou pelo menos a produção de águas quentes para as famílias, empresas e instituições.

«É um pouco voltarmos aos tempos de há alguns anos atrás e ao que acontece em alguns países mais frios que o nosso», afirmou Xavier Viegas.

Transporte dispendioso

Para o presidente da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), as «grandes distâncias» resultam em «pouco encorajamento» dos pequenos produtores para a limpeza de matos, pois o transporte «acaba por ser dispendioso».

Na sua óptica, deverão avançar neste sentido as autarquias, «ou as próprias comunidades de compartes dos baldios, os moradores das aldeias e vilas, para se protegerem a si próprios» dos fogos.
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