Prigozhin pede “fim da operação militar especial” e início da “batalha final” em que “as forças da Ucrânia serão esmagadas” - TVI

Prigozhin pede “fim da operação militar especial” e início da “batalha final” em que “as forças da Ucrânia serão esmagadas”

  • Agência Lusa
  • NM
  • 15 abr 2023, 10:54
Yevgeniy Prigozhin (Photo by Mikhail Svetlov/Getty Images)

Líder do Grupo Wagner defende que a Rússia deve “fortificar-se e agarrar-se com unhas e dentes aos territórios que já possui”

O chefe do grupo russo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, apelou este sábado para que a Rússia declare cumpridos os objetivos da “operação militar especial” na Ucrânia e prepare uma batalha decisiva com o exército ucraniano.

“Para as autoridades [russas] e a sociedade em geral, é necessário pôr fim à operação militar especial”, escreveu Prigozhin num artigo publicado na rede social Telegram, citado pela agência espanhola EFE.

Prigozhin é visto como um aliado do Presidente russo, Vladimir Putin, mas tem assumido divergências públicas com a liderança das forças armadas russas, incluindo o ministro da Defesa, general Serguei Shoigu, sobre a guerra na Ucrânia.

Idealmente, disse Prigozhin na mensagem deste sábado, seria “anunciar que a Rússia alcançou os resultados que pretendia”.

“Em teoria, a Rússia já pôs um fim a isto, aniquilando uma grande parte da população masculina ativa da Ucrânia e intimidando outra parte, que fugiu para a Europa”, afirmou.

Prigozhin disse que a Rússia conseguiu confiscar o Mar de Azov e uma grande parte do Mar Negro.

Também confiscou uma “suculenta parte do território da Ucrânia” e criou um corredor terrestre para a península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

As Forças Armadas da Ucrânia serão esmagadas

A Rússia deve “fortificar-se e agarrar-se com unhas e dentes aos territórios que já possui”, e não entrar em qualquer tipo de acordo com a Ucrânia, com o qual só pode lutar, defendeu.

“E se sairmos mal dessa luta, tudo bem. As regiões fortificadas da Rússia não lhes permitirão [aos ucranianos] entrar no território do país”, disse.

Resumindo a situação, o empresário e chefe do Grupo Wagner observou que os ucranianos estão prontos para uma ofensiva e os russos estão prontos para a repelir.

“O melhor cenário para a cura da Rússia, para que ela se torne um Estado mais poderoso, é uma ofensiva das Forças Armadas da Ucrânia, o que tornaria impossíveis quaisquer concessões e negociações”, considerou.

Então, “ou as Forças Armadas da Ucrânia serão esmagadas numa luta franca, ou a Rússia curará as suas feridas, construirá as suas forças e, mais uma vez, derrotará os seus adversários”, acrescentou.

A invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, desencadeou uma guerra que mergulhou a Europa na pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Ucrânia tem contado com o fornecimento de armas pelos seus aliados ocidentais para combater as tropas russas.

Os aliados de Kiev também têm imposto sucessivos pacotes de sanções económicas a Moscovo para tentar diminuir a capacidade russa de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Desconhece-se o número de baixas das partes em conflito na Ucrânia, mas diversas fontes têm admitido que será elevado.

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