Economia da Zona Euro trava mais que o esperado em agosto - TVI

Economia da Zona Euro trava mais que o esperado em agosto

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  • Flávio Nunes
  • 23 ago 2023, 10:47
Euros

Índice dos gestores de compras da Zona Euro, um importante barómetro económico, caiu bastante mais do que o antecipado, apontando para o arrefecimento da economia. Setor dos serviços em contração

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A economia da Zona Euro arrefeceu mais do que o esperado este mês e o setor dos serviços entrou em território de contração, mostra um importante barómetro económico publicado esta quarta-feira. A contração na Alemanha foi particularmente grave.

O índice dos gestores de compras (PMI, no original em inglês) composto da Zona Euro recuou para 47 em agosto, em comparação com os 48,6 de julho, de acordo com a S&P Global. É a pior leitura desde novembro de 2020 e uma quebra bastante superior ao esperado pelos economistas sondados pela Reuters, que previam uma descida ligeira do índice para 48,5.

Todas as leituras abaixo da marca de 50 apontam para contração.

Enquanto isso, o índice PMI do setor dos serviços caiu de 50,9 em julho para 48,3 em agosto, a primeira vez que ficou abaixo da fasquia dos 50 este ano. O consenso da Reuters apontava para uma leitura de 50,5.

Em sentido inverso, o índice PMI da indústria subiu de 42,7 em julho para 43,7 em agosto, a primeira melhoria em sete meses, mas ainda em território de contração. Os economistas previam uma queda para 42,6, de acordo com a agência.

Ainda assim, há poucos motivos para grande otimismo. No caso da Alemanha, que é vista como o motor da Europa, a queda do índice PMI composto foi particularmente grave, tendo sido a mais acentuada em três anos, segundo a S&P Global. O índice desceu pelo quarto mês consecutivo, de 48,5 em julho para 44,7 em agosto.

“A estimativa rápida dos índices PMI foi pior que o esperado, em particular na Alemanha, e é consistente com a nossa perspetiva de que a economia da Zona Euro irá contrair no terceiro trimestre, enquanto as pressões subjacentes sobre os preços continuam muito fortes”, aponta a Capital Economics, numa nota de reação aos dados divulgada esta manhã.

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