A inflação voltou a recuar na Zona Euro, pelo terceiro mês consecutivo, situando-se nos 5,3% em julho, de acordo com a estimativa rápida divulgada pelo Eurostat esta segunda-feira. Apesar da desaceleração que se tem vindo a verificar, a presidente do Banco Central Europeu já sinalizou que "pode fazer uma pausa ou subir a taxa de juro” em setembro, mas “de certeza que não irá cortar as taxas”.
Continua a ser a subida dos preços da comida que mais influencia este indicador. Olhando para as principais componentes da inflação na área do euro, a alimentação, álcool e tabaco terá os maiores aumentos na taxa homóloga em julho (10,8%, face a 11,6% em junho), seguindo-se os serviços (5,6%, acelerando relativamente aos 5,4% verificados em junho) e bens industriais não energéticos (5,0%, face a 5,5% em junho).
Por outro lado, depois do disparo no ano passado devido à guerra na Ucrânia, os preços na energia já voltaram a cair. Segundo o Eurostat, o índice de preços na energia recuou 6,1%, aprofundando a queda que foi de 5,6% em junho.
No que diz respeito aos Estados-membros, a maioria também registou abrandamentos na taxa de inflação em julho. Em Portugal, a inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços do Consumidor, indicador utilizado para as comparações europeias, desacelerou para 4,3% neste mês, face aos 4,7% registados em junho.
Atualmente, é a Bélgica que tem uma taxa mais baixa (1,6%, estável face ao mês anterior), seguida pelo Luxemburgo e por Espanha, que ainda assim registaram uma aceleração da inflação: de 1% para 2% e de 1,6% para 2,1%, respetivamente.
Já os valores mais elevados são registados na Eslováquia (10,2%), Croácia (8,1%) e Lituânia (7,1%), representando ainda assim, para estes países, uma desaceleração face ao mês anterior.