Festa é festa

Aida Trindade

Ana Guiomar

Mulher de Tomé e dona da “venda” da aldeia. Tal como Tomé, também se orgulha muito da decoração moderna da sua mercearia e dos produtos gourmet que vende, mas que ninguém sabe para o que servem. Tal como Tomé, também é uma cusca de primeira. É o típico “mata e esfola”. Derivado da zanga que Tomé tem com Albino, Aida também toma Florinda por ponta. Muito por achá-la uma “rata de sacristia”, coisa que Aida não é de todo. Aida é muito vaidosa e gabarolas e quer que as mulheres da aldeia a tomem como um exemplo de progresso. Embora seja amiga de São desde a infância, não vê com bons olhos as novidades de Paris que ela desconhece e que São traz à terra. Aida é uma mulher que gosta de estar no controlo das coisas e, secretamente, entusiasma-a imaginar-se no papel de Presidente da Junta. Aos poucos, vai dando esses sinais, primeiro ao marido e depois à população. A venda serve-lhe, por isso, como um meio de propaganda política. É a “cabecilha” da comissão fabriqueira (quem trata dos doces para a festa). Tem uma atração (que não passa disso) pelo “sôtor”, inventando doenças para ser vista por ele.